sábado, 18 de junho de 2016

A ASCENSÃO E A QUEDA DO REPUGNANTE CUNHA



  A  ASCENSÃO E A QUEDA
 DO  REPUGNANTE   CUNHA
Eduardo Cunha sai da história política do país, por ele conspurcada, e vai fazer parte
da crônica policial , a  mais adequada   a quem, como ele,   exibe o imenso prontuário de crimes    praticados impunemente ao longo da vida.
Tem-se a lamentar que no cenário político brasileiro, infelizmente, ainda caibam e prosperem  tipos escancaradamente mafiosos,  tão desprezíveis e repugnantes como o hoje decaído presidente afastado da Câmara Federal.
Assistimos  , felizmente durante curto espaço de tempo, a ascensão e queda de um desses mais ousados marginais, contumazes estupradores da República.
Consumado chantagista e rapinante insaciável, Cunha, que tinha na testa bem visível, o selo da calhordice , chegou ao topo que deveria ser reservado unicamente aos luminares da vida pública, aos que exercem o sacerdócio devotado à causa republicana. São poucos,  hoje, uma minoria abafada pela ousadia dos cafajestes.
 Assim, crescem e ganham espaços os espécimes repugnantes, quase todos podendo ser tipificados nesse sinistro exemplar de tudo de ruim que existe na  nossa  insana cena política .
Nessa putrefação que a tudo contamina, Cunha tem um papel preponderante. Conhecendo muito bem  os tortuosos caminhos que levam ao  poder e à fama, ele traçou um roteiro ambicioso para   chegar ao seu objetivo. E o fez com imensa desenvoltura e inacreditável ousadia.
Juntou hipocrisia com cinismo   e tornou-se, em pouco tempo, o intérprete dos sentimentos reprimidos de uma grande parte da população brasileira, constituída pelos que carecem de discernimento político e não valorizam o significado da ética, por ignorância ou escolha própria. Seduziu aqueles que alimentavam um justo sentimento de indignação, e dessa salada fez o seu discurso  . Surgiu então, por algum tempo, como  ¨salvador da pátria ¨.
 Um dos calhordas que o acompanham de bem perto, o deputado Paulinho, pelego chefe da Força Sindical , fez os seus sindicalistas cantarem  o refrão: ¨ Cunha,  guerreiro, do povo brasileiro ¨. Há outros que andam também a cantar: ¨ Dilma, guerreira, do povo brasileiro . ¨ Homenageia-se assim, de um lado, o rapinante  hipócrita, do outro, a devastadora inepta.
E  vamos atravessando um tanto esgotados a  nossa via crucis,  ou  o labirinto deste país ,  o mais viável entre todos, sejam do primeiro , do segundo ou terceiro mundo, todavia infelicitado, humilhado e corroído pelas escolhas equivocadamente trágicas que fazemos.

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