A ASCENSÃO E A QUEDA
DO REPUGNANTE
CUNHA
Eduardo Cunha sai da história política do país, por ele
conspurcada, e vai fazer parte
da crônica policial , a
mais adequada a quem, como ele, exibe o imenso prontuário de crimes praticados impunemente ao longo da vida.
Tem-se a lamentar que no cenário político brasileiro,
infelizmente, ainda caibam e prosperem
tipos escancaradamente mafiosos, tão desprezíveis e repugnantes como o hoje
decaído presidente afastado da Câmara Federal.
Assistimos ,
felizmente durante curto espaço de tempo, a ascensão e queda de um desses mais
ousados marginais, contumazes estupradores da República.
Consumado chantagista e rapinante insaciável, Cunha, que
tinha na testa bem visível, o selo da calhordice , chegou ao topo que deveria
ser reservado unicamente aos luminares da vida pública, aos que exercem o
sacerdócio devotado à causa republicana. São poucos, hoje, uma minoria abafada pela ousadia dos cafajestes.
Assim, crescem e
ganham espaços os espécimes repugnantes, quase todos podendo ser tipificados
nesse sinistro exemplar de tudo de ruim que existe na nossa insana cena política .
Nessa putrefação que a tudo contamina, Cunha tem um papel
preponderante. Conhecendo muito bem os
tortuosos caminhos que levam ao poder e
à fama, ele traçou um roteiro ambicioso para
chegar ao seu objetivo. E o fez
com imensa desenvoltura e inacreditável ousadia.
Juntou hipocrisia com cinismo e tornou-se, em pouco tempo, o intérprete
dos sentimentos reprimidos de uma grande parte da população brasileira,
constituída pelos que carecem de discernimento político e não valorizam o
significado da ética, por ignorância ou escolha própria. Seduziu aqueles que
alimentavam um justo sentimento de indignação, e dessa salada fez o seu discurso
. Surgiu então, por algum tempo, como ¨salvador da pátria ¨.
Um dos calhordas que o
acompanham de bem perto, o deputado Paulinho, pelego chefe da Força Sindical ,
fez os seus sindicalistas cantarem o
refrão: ¨ Cunha, guerreiro, do povo
brasileiro ¨. Há outros que andam também a cantar: ¨ Dilma, guerreira, do povo
brasileiro . ¨ Homenageia-se assim, de um lado, o rapinante hipócrita, do outro, a devastadora inepta.
E vamos atravessando
um tanto esgotados a nossa via crucis, ou o labirinto
deste país , o mais viável entre todos,
sejam do primeiro , do segundo ou terceiro mundo, todavia infelicitado,
humilhado e corroído pelas escolhas equivocadamente trágicas que fazemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário