TEMER E O SEIS POR MEIA DUZIA
Temer está formando o seu governo submetido às mesmas
pressões, tentando acomodar os mesmos interesses, legítimos ou espúrios, que
são a ele levados pelos representantes dos 25 partidos com representação no
Congresso. Ou faz isso ou não governa. Ninguém cometa a ingenuidade de esperar
que os partidos se regenerem, a política mude de cara.
A devastação da crise pode fazer a sociedade reagir com maior
intensidade, e exigir que os tão conhecidos aproveitadores e vigaristas, “donos
de partidos” sejam afastados, e que no Congresso se forme um bloco capaz de dar
sustentação ao presidente, se ele tentar fazer o indispensável: as reformas, tributária, política, previdenciária, trabalhista,
modernização do Estado, as concessões públicas, mudanças nos marcos regulatórios. Dirão: Essa
é a exata plataforma neoliberal. É possível que seja, mas agora, do buraco onde
entramos, não haverá outra forma para sair dele, nem outra maneira de assegurar
a manutenção dos programas sociais, da Bolsa Família, por exemplo, sem a qual
mais de 30 milhões de brasileiros voltarão a passar fome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário