AS ESTRADAS QUE
NUNCA TERMINAM
A duplicação do trecho sergipano da BR -101 é novela em infindáveis capítulos. A obra
começou no primeiro governo de FHC , com o anel rodoviário em Aracaju que ficou
incompleto e paralisado por mais de cinco anos. Veio Lula e retomou a obra, o
anel foi concluído e reiniciou-se a duplicação. Foi completado o trecho sul até
Estância e ali a coisa complicou-se, e complicada ainda está até agora. No
trecho norte a engenharia do exército deu um novo impulso,
mas agora tudo parou. Pronto mesmo só há o trecho , pequeno aliás, entre Pedra
Branca e Aracaju. Sucedem-se trechos conclusos e inconclusos até Propriá, e
quem faz aquele trajeto tem a desalentadora impressão de um abandono completo , o descuido é grande , a segurança negligenciada .
Em relação à rodovia
federal que cruza Sergipe na direção leste – oeste, a BR – 235, existe a
promessa nunca cumprida de que o asfalto prosseguirá de Carira a Jeremoabo . É obra de grande relevância para
Sergipe, principalmente agora, quando, pelo nosso porto, começa a ser escoada
parte da produção de soja do oeste baiano e do sudeste piauiense. As
obras foram interrompidas.
O senador Ricardo Franco começou o seu mandato defendendo a
ampliação do programa federal de concessão de estradas. A administração privada
de várias rodovias brasileiras demonstra ser um modelo eficiente. Há o
indispensável pagamento dos pedágios, mas os concessionários são obrigados, por contrato, a aplicar os recursos para a
perfeita manutenção das rodovias, e isso interessa a todos os que dela
precisam. Se os trechos sergipanos das duas rodovias forem incluídos nos
leilões de privatização, nos livraremos da escassez de boa vontade e de eficiência , uma decepcionante característica do governo federal.
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