A FARRA PERIGOSA DOS
LANCHEIROS BÊBADOS
Correrias irresponsáveis de lancheiros bêbados ou ¨cheirados ¨, vez por outra estão a causar acidentes. Havia
um festivo evento nas águas do estuário do Vasa Barris. Evento certamente saudável, esportivo, uma
alegria para quem pode e tem condições de vivê-la a bordo de barcos motorizados,
Jet-skis, e também dos frágeis caiaques, das pranchas do stand-up, esta última
uma prática que tem atraído tantos jovens e até idosos mais ousados. Mas o
perigo estava ao lado, nas lanchas que aceleravam mais do que a prudência
recomendaria, e a prudência se dissipa
na proporção em que cresce o consumo irresponsável do
álcool e drogas por quem tripula um equipamento que pode ferir e matar.
Não se quer aqui dizer que sejam
irresponsáveis todos os tripulantes de barcos motorizados, ou que bebam excessivamente e cheirem cocaína, mas, há uma
parte deles que age de forma arriscada e desrespeitosa, fazendo com que corram
riscos, quem veleja, nada ou rema, ou
tenta sobreviver pescando.
No sábado dia 20, quando se encerrava o movimentado evento náutico o Speed
Day , ( Dia da Velocidade ) o jovem Breno Leite foi atingido por uma lancha. Teve ferimentos gravíssimos
nas pernas esfaceladas pelos hélices. O bafômetro comprovou que o comandante da
lancha estava alcoolizado, mas o jovem ferido não o considera culpado pelo
acidente e o inocentou, quando conseguiu
falar na UTI. Apesar de tudo fica a evidencia de que barcos motorizados
participando de competições de velocidade, representam, com pilotos bêbados ou
não, uma permanente ameaça no sempre freqüentado
estuário da Orla do Por do Sol, ou no igualmente largo estuário do Sergipe.
A Marinha do Brasil que sempre
exerce fiscalização nas áreas estuarinas, estava presente no dia do
evento, mas os seus meios disponíveis,
inclusive no que se refere à tropa, são
insuficientes para o tamanho da tarefa que deve ser cumprida.
O que fica bem claro de tudo o que aconteceu é a necessidade
de serem estabelecidas áreas especificas para os motorizados, ficando vedada a
passagem deles pelos outros locais reservados aos velejadores, remadores ,
pessoas que fazem natação ou que apenas curtem o banho , e mais ainda aos
que na atividade pesqueira têm o seu ganha pão. Para essa grande maioria daqueles que não dispõem dos cavalos
de força devoradores ávidos de
combustível para acioná-los livremente a um simples toque nas manetes , é que
se devem voltar os maiores cuidados, a proteção indispensável.
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