A VIA CRUCIS DE UM
PACIENTE DE CÂNCER
Jose Valério de Menezes Neto,
é atleta, tem físico forte, mas, aos 46
anos sofre de um melanoma metastático, uma das piores formas do câncer.
Alegando ser dependente de uma servidora pública sua esposa,
ele, agora desempregado, procurou o IPES. Foi informado de que haveria
um prazo de carência ainda não cumprido. Bateu às portas da Justiça. Precisa tomar
um remédio que custa 8 mil reais a caixa. A família reuniu o que
tinha, tomou dinheiro emprestado, mas agora chegou ao esgotamento e ele precisa
de mais remédio. Foi à Justiça. A juíza Simone de Oliveira Fraga, sensível,
deferiu a tutela antecipada do paciente.
O IPES, insensível, recorreu. O desembargador Osório de Araujo Ramos, sensível,
confirmou a sentença da juíza, deu prazo para que ela fosse cumprida. O IPES,
insensível, recorreu. O defensor público Jorge Raimundo Valença, sensível,
entrou com pedido de execução da ação. O IPES , insensível, recorreu. Já se
passaram 4 meses.
O paciente está desesperado,
e a quem tiver sensibilidade ele pede: permitam que possa ver crescer sua
filhinha, a única, que apenas acaba de nascer.
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