sábado, 16 de janeiro de 2016

O BECO SEM SAIDA DA PETROBRAS



O BECO SEM SAIDA
DA PETROBRAS
Contra a  cambaleante PETROBRAS conjugaram-se  fatores adversos.  A manipulação dos preços da gasolina pelo governo,  o grande equívoco do pré-sal,  uma aposta na manutenção elevada do preço do petróleo  pela demanda que não pararia de crescer.  A crença de que a empresa teria plena capacidade  para assumir a maioria dos campos onde estavam as grandes reservas, e depois, nadar em dinheiro.  Veio a Operação  Lava a Jato, as contundentes revelações e a sucessiva descoberta dos rombos.  O petróleo despencou, o pré-sal tornou-se inviável, e a Conferência do Clima, em Paris, revela a disposição clara da substituição dos combustíveis fósseis. A questão ambiental tornou-se  uma competição  entre a nova economia que surge, baseada nas  energias limpas, e a antiga, dependente do petróleo e carvão. A queda de braço  favorecerá a nova economia, que já tem disponível, para investimentos imediatos, mais de dez trilhões de dólares, enquanto a indústria petroleira, com lucros em queda e estigmatizada pelo senso comum,  perde terreno.
 A PETROBRÁS    vai  receber a conta   a ser paga aos investidores americanos que se consideram logrados. Aplicaram em ações da petroleira do Brasil  valendo na época mais de 30 dólares, e agora,  quase não valem nem um só.
A subida do dólar acabou de consumar o desastre.
A petroleira deve começar a construir a nova estratégia ligada às energias renováveis. A Europa   quer eliminar nos próximos 15 anos o uso do petróleo em sua gigantesca frota de veículos.   Constrói carros elétricos em massa.  Não haverá energia disponível para  carregar tantas baterias. Os bio-combustiveis  serão fortes protagonistas nesse novo cenário que a urgência ambiental desenha . Se  houver tempo o Brasil precisa chamar investidores estrangeiros, se ainda existirem,    ceder a eles as nossas jazidas,  sem maiores exigências, antes que elas não sirvam  para nada. Seria uma forma,  se ainda exeqüível,  de gerar empregos em todo o país, reativando a economia do Rio de Janeiro,  Espírito Santo, Sergipe, Rio Grande do Norte, São Paulo, pesadamente atingidos pela retração   da PETROBRAS.
Passou ,  definitivamente, ( a História anda ) aquele tempo em que era patriótico o grito nacionalista: ¨ O petróleo é nosso ¨.  
 Dentro de vinte anos  as drogas estarão liberadas, mas o petróleo  será proibido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário