No capítulo anterior abordamos os horizontes que se abrem
para as novas alternativas energéticas,
tendo em vista a premente necessidade de encerrar o ciclo dos combustíveis
fósseis, causadores principais dos
distúrbios climáticos que estão fazendo do planeta uma casa cada vez mais
inapropriada para a espécie humana. O capitalismo, sistema capaz de redesenhar-se e criar novas
fisionomias de acordo com o imperativo das circunstancias, já encontrou a
fórmula de sobrevivência , pintando-se de verde, e criando a palavra chave: sustentabilidade. A economia
definida como verde, não é a prevalência das florestas ou dos jardins. É, antes
de tudo, a busca da manutenção do sistema com a garantia da lucratividade,
diante da necessária adaptação global a uma era onde o carbono transformado em
vilão, tende a desaparecer. O primeiro
passo seria então a mudança da matriz energética, e aí surgem o sol e os
ventos, também o átomo, como as fontes principais, depois, a montagem de uma nova engrenagem produtiva
para a qual já existe disponível o conhecimento científico e tecnológico. Sustentabilidade, é então a palavra mágica,
com a qual o capitalismo busca ganhar a adesão da militância ambientalista ,
assegurando assim, a sua plena sobrevivência na era pós-petróleo e
pós-industrial.
O trauma que agora
vive Sergipe que não é muito diverso do
que é vivido pelos outros estados, guardadas as proporções, assemelha-se muito
com o drama vivido pelo Rio de Janeiro, depois do desmonte de projetos estratégicos
ligados à produção de petróleo e gás. O Rio enfrenta um déficit orçamentário
que se aproxima dos vinte bilhões de
reais.
Para nos livrarmos do pesadelo e refazer o sonho, precisamos traçar a nova estratégia de uma economia
sustentável. Nesse campo, existem oportunidades imensas que precisamos detectar
, e aproveitá-las.( continua)
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