sábado, 14 de novembro de 2015

A USINA NUCLEAR E OS AMBIENTALISTAS



A USINA NUCLEAR E
 OS AMBIENTALISTAS
Energia nuclear ou atômica é coisa que ainda assusta. As pessoas  são levadas a pensar em bombas explodindo, em destruição e morte. Na verdade a descoberta da utilização da energia fabulosa contida na infinitamente pequena dimensão do átomo, foi feita em função da necessidade que tinham os americanos  durante a Segunda Grande Guerra ( 1939- 1945 ) ,de se anteciparem aos alemães, na posse da arma mais letal que poderia existir.
A energia atômica é perigosa ?  Sem nenhuma dúvida, sim. Mas toda tecnologia envolve perigos.
Depois do uso do átomo para fins militares em agosto de 45,  começaram a entrar em operação usinas atômicas para a produção de energia elétrica. A tecnologia atômica existe hoje  para fins pacíficos em inúmeras atividades da vida cotidiana . Com intensidade variada, a radiação atômica é usada nos hospitais, nas indústrias, na  agricultura . 
 Não há um só dia no mundo  em que não morram centenas de pessoas eletrocutadas, inclusive também por energia elétrica gerada por centrais nucleares. Já em conseqüência direta da radioatividade as mortes são raríssimas, por isso, quando ocorrem,  sempre se tornam noticias destacadas.
O uso intenso dos combustíveis fósseis ( petróleo – carvão- xisto e gás ) está envenenando as cidades, causando o aquecimento global, disseminando vários tipos de cânceres, sendo, evidentemente, um perigo para a humanidade infinitamente maior do que as  centenas de usinas nucleares espalhadas pelo globo, que, se forem submetidas a um protocolo rígido de manutenção e uso, jamais repetirão os dois únicos acidentes graves até hoje ocorridos: o de Chernobil, na Russia e o de Three Miles  Islands, nos Estados Unidos.  No caso de Fukushima, no Japão,  o terremoto seguido de tsunami ultrapassou o grau máximo da escala de Richter, que vai de 0 a 9, mesmo assim, a central atômica  danificada teve controlado o vazamento de gás radioativo. Se um terremoto dessas proporções houvesse ocorrido, por exemplo,  na região de Paulo Afonso – Canindé,  quase todas as barragens das hidrelétricas ali localizadas teriam desabado, e uma onda gigantesca desceria pelo rio,  destruindo  cidades e milhares de vidas. Nem por isso seria imaginável a desativação do sistema gerador da CHESF.
Pois exatamente o sistema CHESF, único do nordeste, está sendo agora ameaçado de paralisação, caso não ocorram  chuvas pesadas desde a nascente do Velho Chico em Minas, até o gigantesco reservatório de Sobradinho, no meio oeste baiano, que seca a olhos vistos. Por isso, com a mudança climática que está ocorrendo, é urgente a instalação de sistemas alternativos de energia, entre eles a solar , a eólica e a atômica, esta, com muito maior capacidade de geração e capacidade de fornecimento firme de energia, porque não depende do sol, nem dos ventos, e também da água para movimentar os geradores.
Sergipe poderá ser o local escolhido para uma central nuclear.
Em consonância com uma nova realidade que se delineia, hoje de forma tão evidente, os  ambientalistas precisam repensar suas posições antagônicas ao uso da energia nuclear.
Quando se fez a primeira tentativa a partir de 2008, travou-se um salutar debate, mas nele também afloraram alguns absurdos. Poucos políticos se manifestaram claramente a favor do projeto. Um deles foi o então deputado federal Albano Franco, que chegou a ser estigmatizado  .
Se a central não ficar em Sergipe, irá para bem perto, e perderemos um investimento de alguns bilhões de dólares, milhares de empregos, e os impostos permanentes que serão gerados. Desses impostos Sergipe tanto precisa.
Precisamos manter um debate em alto nível, destituído de posições preconcebidas,  de idéias antigas que o tempo aposentou. Os políticos que tato falam, e geralmente sobre temas desimportantes,  poderiam estimular o debate,  contribuindo para o esclarecimento da população, de certa forma desinformada, que vê a tecnologia nuclear como uma  ameaça à vida e a sobrevivência da espécie humana.

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