sábado, 3 de outubro de 2015

A JUSTIÇA QUE SE FAZ TANTOS ANOS DEPOIS

A JUSTIÇA QUE SE FAZ
TANTOS ANOS DEPOIS

 Na presidência da Assembléia o deputado Luciano Bispo tratou de por agilmente em tramitação as propostas feitas para que fossem devolvidos mandatos aos parlamentares punidos pela ditadura. Entre eles, o caso mais emblemático é aquele do advogado Gilton Garcia. Ele era presidente do Legislativo, o primeiro secretário era o hoje procurador aposentado Aerton Silva. Contra os dois despejou-se uma  chuva de acusações e mesquinharias. Gilton e Aerton foram cassados, depois presos. Aerton teve até bens confiscados, Gilton foi demitido do cargo de professor da UFS. Um promotor Jose Medeiros e um Juiz Lauro Pacheco, um que não o acusou, outro que o absolveu, foram ameaçados por agentes da ditadura. Gilton viria no governo Augusto Franco a ser o primeiro cassado a ocupar um cargo público, tornou-se Procurador Geral. Depois, seria deputado federal, governador do Amapá, e no governo de Albano,  Chefe da Casa Civil e Secretário da  Segurança Pública. Ainda na ditadura, tornou-se presidente da OAB e agiu em favor de perseguidos, foi também advogado do deputado cassado Chico de Miguel. Gilton, Aerton e tantos outros foram anistiados pelo Governo e indenizados simbolicamente pelos constrangimentos sofridos. Faltava porém a justiça a ser feita pela Assembleia, com a devolução dos seus mandatos, Nessa segunda as 17 horas isso estará acontecendo. Serão devolvidos também os mandatos cassados dos deputados já falecidos, Santos Mendonça, um dos maiores radialistas de Sergipe, Chico de Miguel, o líder de Itabaiana que, da prisão, elegeu um prefeito;  Baltazarino Santos, pelo crime de fazer oposição, e mais de Durval Militão e de Edson Mendes de Oliveira.

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