A JUSTIÇA QUE SE FAZ
TANTOS ANOS DEPOIS
Na presidência da
Assembléia o deputado Luciano Bispo tratou de por agilmente em tramitação as
propostas feitas para que fossem devolvidos mandatos aos parlamentares punidos
pela ditadura. Entre eles, o caso mais emblemático é aquele do advogado Gilton
Garcia. Ele era presidente do Legislativo, o primeiro secretário era o hoje
procurador aposentado Aerton Silva. Contra os dois despejou-se uma chuva de acusações e mesquinharias. Gilton e
Aerton foram cassados, depois presos. Aerton teve até bens confiscados, Gilton
foi demitido do cargo de professor da UFS. Um promotor Jose Medeiros e um Juiz
Lauro Pacheco, um que não o acusou, outro que o absolveu, foram ameaçados por
agentes da ditadura. Gilton viria no governo Augusto Franco a ser o primeiro
cassado a ocupar um cargo público, tornou-se Procurador Geral. Depois, seria
deputado federal, governador do Amapá, e no governo de Albano, Chefe da Casa Civil e Secretário da Segurança Pública. Ainda na ditadura,
tornou-se presidente da OAB e agiu em favor de perseguidos, foi também advogado
do deputado cassado Chico de Miguel. Gilton, Aerton e tantos outros foram
anistiados pelo Governo e indenizados simbolicamente pelos constrangimentos
sofridos. Faltava porém a justiça a ser feita pela Assembleia, com a devolução
dos seus mandatos, Nessa segunda as 17 horas isso estará acontecendo. Serão
devolvidos também os mandatos cassados dos deputados já falecidos, Santos
Mendonça, um dos maiores radialistas de Sergipe, Chico de Miguel, o líder de
Itabaiana que, da prisão, elegeu um prefeito; Baltazarino Santos, pelo crime de fazer
oposição, e mais de Durval Militão e de Edson Mendes de Oliveira.
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