DO ESTADO MÍNIMO
AO ESTADO INCHADO
Entre o ¨estado mínimo ¨ na
visão neoliberal que vem a ser, apenas, a permissividade ilimitada para a especulação, e o modelo marxista que Stalin levou ao paroxismo
do controle econômico e social, permeiam as concepções nunca inteiramente
aplicadas e nunca inteiramente esquecidas de um lord inglês, John Maynard
Keynes, que conseguiu a rara façanha de ter o seu nome adjetivado,
identificando um conjunto de idéias
transformadas em consistente teoria: o keynesianismo.
Já os neoliberais, estes,
se mostram evasivos, quando se trata de definições dando título ao que
pensam, e ao que defendem. Preferem operar como adeptos da privatização geral, da
redução do tamanho do Estado, sobretudo, da sua inércia diante desse monstro
incorpóreo que é o mercado. Não há um só ícone do neoliberalismo que tenha alcançado a adjetivação
do seu nome, vendo-o transformar-se em teoria, ou doutrina. Nem mesmo Milton
Friedman o condutor do ¨ laissez – faire ¨ pelo século 21 a dentro,
conseguiu a proeza.
A crise brasileira com a qual agora convivemos de maneira
traumática, não é um episódio isolado
nem uma simplória contingência, uma ¨marolinha ¨ a ser transposta. É, muito mais do que isso.
Talvez haja chegado o
momento para esquecermos teorias e
militâncias, adesões absolutas, ou
rejeições sumárias. Necessitamos fazer um passeio pelas idéias, sem rotulações depreciativas.
Entre o Estado minimalista que é uma
contradição, quando também se quer que possua uma máquina eficiente, e o Estado
inchado, que não gera operacionalidade, há de haver o meio termo, a ser
extraído do que existe da racionalidade possível entre os extremos.
Essa é uma tarefa para
o super – homem. Por onde é que ele anda
?
Sem um mínimo de
popularidade, como já advertiu o vice –
Michel Temer, Dilma chegará até 2018 ?
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