sábado, 29 de agosto de 2015

O GOVERNO VALETUDINÁRIO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEF



O GOVERNO VALETUDINÁRIO
 DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEF
É isso mesmo, valetudinário, palavra estranha, ainda mais agora, quando as pessoas perdem  o hábito da leitura e o vocabulário encolhe . Mas, em compensação, tem o  Google,  sapientíssimo e gratuito  ¨professor ¨    e assim, todos se podem igualar  se quiserem, no exibicionismo de falsa erudição.
Valetudinário,  vem a ser alguém fraco, débil, quase em dissolução física. Aplica-se também o termo a outra forma de dissolução: a ética ou moral. Mas este não vem a ser o caso da presidente. O problema de  Dilma  é, tão somente,  fraqueza política resultante da sua inabilidade. Não se governa sem fazer política. Tanto no virtuoso como no degenerado sentido do termo. Dilma, enfurnada na sua teimosa e equivocada auto-suficiência, não se preocupou em fazer política, sob qualquer uma das suas formas.
O resultado desses  desacertos é a ameaça cada vez mais concreta de nos transformarmos na República Valetudinária do Brasil. Antes que isso venha a acontecer, ampliando o desemprego, a penúria nos cofres públicos, as falências, o desespero e a conseqüente convulsão social, teríamos pela frente alguns episódios possíveis, cada um mais traumático do que o outro.
O primeiro :   O absurdo da anulação da eleição pela Justiça Eleitoral, com a alternativa da posse do segundo candidato. Essa manobra perigosa que poderia resultar em desordens e graves conflitos sociais,  estaria sendo tramada pelo ministro do Supremo, Gilmar Mendes, com a alegre adesão do carreirista Aécio Neves, que se tornaria beneficiário de um golpe.
O segundo: A anulação da chapa,  assumindo a presidência por 60 dias o desatinado chantagista Eduardo Cunha,  e, nesse período, realizando-se novas eleições. O país seria, num momento crucial, governado  por um político  denunciado por corrupção, e sobre o qual pesam gravíssimas suspeitas. O tumulto seria grande e as conseqüências imprevisíveis.
O terceiro:  Andamento lento do julgamento feito pela  Justiça Eleitoral  das contas de campanha da presidente. As decisões,  a favor ou contra, seriam contestadas em instancias superiores, aumentando a fragilidade do governo e correndo-se o risco de um desacordo grave entre as instituições, agravando-se, mais ainda, as circunstancias adversas da crise.
  O quarto: A crise política aprofunda-se sem soluções à vista, percorrendo todo o mandato da valetudinária presidente, enquanto  o pessimismo inviabiliza  a possibilidade de uma reativação da economia. Aí, já estaríamos mesmo vivendo na República Valetudinária do Brasil.
O quinto: A presidente tomada de um surto repentino e benéfico de muita lucidez e patriótico bom senso,  renunciaria.  Assumiria o vice Michel Temer. Como se sabe ele não seria o nome ideal para nos governar, mas a História e a política, tanto quanto a vida, se desenrolam no terreno do possível.  Temer,  tem imensa capacidade  de articulação,  por isso não lhe faltará apoio. Ele seria a alternativa menos traumática. Não haveria milagres, mas,   haveria a clarificação desse clima psicológico cinzento, resultante do pessimismo   da desconfiança, e   da  incerteza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário