FAZ MEDO SER PROFESSOR
Há aqueles que sentem
se esvair o conceito de civilização na baba derramada, odientamente, pelos
defensores da redução da maioridade
penal, uma forma de vingança do Estado e
da sociedade contra os menores que cometem crimes de gente grande. Para os que
têm a visão colocada acima das vicissitudes de circunstancias mal avaliadas , é atordoante a sensação que quase
inconscientemente vai tomando corpo, quando se lê o lamento de uma professora
agredida com fúria e desumanidade dentro
de uma escola. E a agressão foi cometida por um menino, quase uma criança de 16
anos. Chorando, gemendo, lamentou a
professora: ¨ Hoje, faz medo ser professor
¨.
E faz medo mesmo, mas o remédio social que se procura hoje
tem como único ingrediente a punição.
É mais fácil e eleitoralmente proveitoso surfar na onda da
insatisfação popular diante do clima de insegurança, prescrevendo-se receitas
enganosas, do que sair em busca das verdadeira
causa da deterioração social que transforma crianças em criminosos,
destituídos de sentimentos, e alheios a valores fundamentais para a convivência
humana.
Não interessa às nossas elites apodrecidas, mexer com as
causas da putrefação social.
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