sábado, 20 de junho de 2015

EM TEMPOS DE CRISE É ESSENCIAL VER O FUTURO



 EM TEMPOS DE CRISE   É
ESSENCIAL VER O FUTURO
 Morreu o empresário Olacir de Morais. Ele,  nos seus dias de  apogeu, estava entre os 200 homens mais ricos do mundo. Era chamado  Rei da Soja.  Quando Albano foi presidente da CNI,  costumava conversar com Olacir, e agora,  lamentado a morte do amigo,  lembra    do que ele lhe dissera numa daquelas conversas no  inicio dos anos 80.
Olacir falava  sobre a expansão do cultivo da soja, e via o nordeste como  área a ser invadida pelo cereal que o mundo consume avidamente.
Sabendo que Sergipe lutava para construir um porto oceânico, ele disse que o projeto era estratégico para o estado e para o nordeste. Falou sobre a necessidade de parcerias   para que a obra andasse rápido, e  o porto sergipano se tornasse  ponto de escoamento da produção nordestina de cereais ,  também dos produtos gerados nos perímetros irrigados do médio São Francisco.  O porto saiu, mas tem capacidade limitada.  Hoje controlado  pela Vale,   atende à demanda daquela empresa no que se refere  ao potássio; serve  para outras finalidades, mas, com profundidade reduzida e sem área disponível para atracação de mais de três navios, o porto agora necessita ser urgentemente ampliado.
Há sobre a mesa de Jackson um projeto ambicioso a ser desenvolvido ao longo dos próximos 10 anos. No caso específico, não se pensa em parcerias público –privadas, até porque os cofres do estado andam em penúria. O que se quer é juntar interesses empresariais,  montar uma articulada rede de negócios, começando pela construção já definida da Termoelétrica, que será a maior do país.  A termoelétrica,  importará dos Estados Unidos o gás liquefeito   transportado por navios, e o novo porto deverá recebê-los.  Depois, o gás sergipano será utilizado. Há operadoras de portos interessadas, há projetos em andamento na área do cimento. O Projeto Carnalita , segundo a  Vale, não saiu de foco, apenas estaria adiado até uma normalização da situação econômica do país e da empresa, que sofreu  queda livre  das suas ações em conseqüência da redução do preço do ferro e  da concorrência do minério australiano. Há também a exploração dos campos petrolíferos no  mar . Ainda este ano será realizado o leilão de áreas,  e o campo sergipano é, entre todos, o que tem maior potencial. Tudo isso requer a existência de um porto adequado. O economista Oliveira Junior lembra que em 2014 o nordeste bateu o sudeste em produção de grãos, e Sergipe, com o milho, contribuiu,  para esse resultado. Geograficamente,  o porto sergipano é o caminho natural para o escoamento dos produtos regionais, ainda mais,  quando se sabe que os portos de Suape em Pernambuco,  e Pecem no Ceará, já estão saturados.
  As previsões de Olacir  permanecem atuais.

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