A CHESF E A RECEITA DE CANINDÉ
Canindé do São
Francisco tornou-se um município considerado rico após a Usina de Xingó. O imposto pago tem um percentual destinado especificamente ao
município. Canindé montou uma estrutura compatível com a receita. Ao assumir, o
prefeito Heleno Silva aumentou o valor da Bolsa Canindé criada pela ex-prefeita Rosa
Maria, e ampliada de 70 para 130 reais pelo ex-prefeito Orlandinho . A Bolsa passou para 200 reais
beneficiando mais de duas mil pessoas. Agora não pode ser mantida no mesmo
nível. Canindé
cresceu muito, passando de 7 mil
habitantes para 27 mil. Chegaram de vários estados nordestinos milhares de famílias
muito pobres. Veio a crise, a receita caiu, não de forma tão vertiginosa
como aconteceu em Carmópolis outro considerado rico, que viu sumir a riqueza
com a queda da produção petrolífera. Canindé tem mais de 8 mil alunos nas escolas
municipais. Só este ano foram matriculados mais mil Há um sistema de proteção às crianças, aos
idosos, aos deficientes, uma frota da ônibus novos transportando alunos, uma
bolsa para os universitários que estudam em outros municípios, uma casa de apoio
em Aracaju que recebe mais de 20 pessoas diariamente, transportadas quando
necessário em ambulâncias. Quase todos
com problemas de saúde. A casa é ampla, confortável, uma boa
hospedaria dirigida com atenção e carinho pela senhora Maria Machado e a sua
equipe. Não são poucas as despesas, e o prefeito vive em busca de compensações
em Brasília. Enquanto isso, trata de fazer entender que tanto o município como
o estado perderam receita em virtude de um cálculo para recebimento do ICMS sobre uma base que é questionada. Em 2014 a
CHESF declarou ter faturado 400 milhões de reais, uma queda enorme de receita
em virtude da redução no preço da energia. Todavia, o
governo federal terminou tendo de indenizar todas as usinas. Só o sistema CHESF
recebeu mais de 5 bilhões de reais, destes, 2 bilhões e 900 milhões para a Xingó. O cálculo para recebimento do imposto e
do valor adicionado distribuido com os
municípios, no caso, só para Canindé, pela sua situação de barrageiro, em vez de
considerar o montante de 3 bilhões e 300 milhões, se fez
apenas sobre os 4oo milhões declarados, desconsiderando-se os 2 bilhões e 300
milhões que a Xingó recebeu em 2014. Com isso, perdem o município e o estado. Agora, o prefeito
Heleno, que já move uma ação na Justiça, quer, com base num relatório técnico
do Tribunal de Contas , convencer aos
técnicos da Secretaria da Fazenda que a
receita real e tributável da Xingó em
2014 é de 3 bilhões e 300 milhões. Se eles entenderem isso, o estado e o
município receberão o que lhes é devido.
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