O RUGIDO DO VEREADOR
AGAMENON E O SINTESE
O vereador Agamenon,
como é sabido , é aquele que na Câmara de Aracaju ruge tonitroante fazendo acusações e denuncias. Não tem nada de politicamente correto.
Agride, até difama, distila preconceitos, invade a vida particular e íntima das
pessoas, desanda-se em afirmações grosseiras, é machista, homofóbico e intolerante. Mas, perguntem a qualquer pessoa
do povo se as afirmações de Agamenon lhe desagradam? Mais de 70 % dirão que aprovam
o que ele diz, principalmente, no que se
refere às estrondosas críticas ao SINTESE.
Agamenon, sentindo que transita bem pela opinião pública, intensifica
o volume, teor e ferocidade das criticas, ao que se afirma com
o intuito de receber muito mais votos do que os candidatos que azeitam, no SINTESE, a máquina eleitoral.
Os sindicalistas insistem em dizer que Agamenon é um ser
primitivo, cujo comportamento nem Freud explicaria, mas um paleontólogo poderia
melhor definí-lo. Assim, desprezam e
minimizam um porta-voz, sem duvidas bizarro, da insatisfação popular. São as
famílias esperando que seus filhos aprendam nas escolas públicas, exatamente porque
não podem matriculá-los na rede privada. E essa esperança se frustra, pela
sucessão de greves, pelo corporativismo de um sindicato que pensa em tudo,
menos na eficiência das escolas. Ah, dirão: Mas nós somos de esquerda, temos
uma visão progressista do mundo. Que
visão progressista é essa que despreza a sociedade em função de interesses
restritos? Que visão progressista é essa que cria privilégios como a
inamovibilidade dos professores, que só podem ser deslocados de uma escola para
outra por exclusiva vontade deles
mesmos. Há escolas, como a São Cristovão em Aracaju, onde estão 21 professores, na sua maioria
parasitando, porque só há 126 alunos , enquanto noutras, faltam professores.
No país
que inventou a expressão ambígua: ¨analfabetos funcionais¨, para caracterizar
os que entram e saem da escola não sabendo
escrever um bilhete nem interpretar um texto simples, nunca foi tão urgente
corrigir erros que se acumulam intocados . A federalização do ensino poderia
ser a solução, como sugere o senador Buarque.
Dirão que é culpa exclusiva do poder público, mas, quando
esse poder público tão malsinado, busca,
como é o caso agora de Sergipe,
construir caminhos para que a escola funcione
e se torne parte de um sistema eficaz, logo
se levantam as vozes tão
desacreditadas, que um vereador com as características pouco civilizadas de
Agamenon, se fez intérprete do que a
sociedade quer dizer . Queiram ou não os ¨progressistas ¨ sintesianos estacionados em pensamento no século 19,
embora em matreirice à frente dos
¨Chicago`s boy`s do neoliberalismo, a
ascensão de Agamenon é conseqüência da falta de disposição desses vanguardistas do anteontem para
transitarem, do protesto, necessário em alguns casos, até a responsabilidade
social , indispensável em todas as
horas.
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