sábado, 11 de abril de 2015

A SOLIDÃO DA SENHORA ROUSSEF

A SOLIDÃO DA SENHORA ROUSSEF
A presidente que quer ser chamada  presidenta, errou no voluntarismo ao impor o feminino numa palavra que serve adequadamente aos dois gêneros. Isso  não seria   questão substantiva, como  é  o voluntarismo de administrar, ouvindo a poucos ou a nenhum.
 Movida por algum sentimento ético ou mera indisposição,    Dilma distanciou-se  daqueles  a quem Lula, certa vez, num arroubo de retórica eleitoral,   chamou de ¨400 picaretas ¨.  No poder,   logo descobriu  que sem eles,  picaretas ou não,   o presidente  fica  como se fosse  Rainha da Inglaterra,  mas sem  direito até às  precedências protocolares do cargo.
Quando o primevo  Cid Gomes , aspirante à condição de homo- sapiens foi à Câmara cometer a insanidade, a presidente o exonerou, depois, mandou que Mercadante , o petrificado,  telefonasse para o bem sucedido blefador,  presidente da Câmara, para dizer-lhe que a presidente queria conversar  sobre a indicação do novo ministro.  Eduardo  Cunha  mostrou  a trinca de ases  na mão,  respondendo: ¨Vou mandar verificar na minha agenda quando poderei receber a senhora Roussef.¨
 Um assessor  perguntou ao presidente da Câmara :  ¨ Trata-se da senhora Roussef ,  presidente da República.¨ ? E Eduardo respondeu:  ¨É para essa senhora  que  estou lhe pedindo  ver quando haverá espaço na  agenda para  eu  recebê-la. ¨

A senhora Roussef desistiu  da conversa,  e   está sentindo    o peso da solidão em que agora se encontra.

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