O CORONEL COSTA FILHO
Lourival Costa Filho quando aluno da quarta série ginasial do Atheneu já demonstrava as convicções, a firmeza de
atitudes e a ética que o acompanhariam
por toda a vida. A vida que se encerrou semana passada. A turma que se
formaria naquele ano de 1955, deveria ter uma formatura mais solene e
festiva do que habitualmente acontecia.
Preocupava-se, o eficiente e zeloso diretor, Padre Mendonça, em dar
brilho à festa , muito destaque as três
turmas do ginásio, do clássico e do cientifico, que seriam as do primeiro
centenário de Aracaju. O diretor e a congregação resolveram escolher os
paraninfos das turmas entre personalidades de destaque no estado. Para os
ginasianos concludentes, foi escolhido o
governador Leandro Maciel. Alguns alunos ficaram insatisfeitos, porque alegavam
não ter participado da escolha, embora nada tivessem contra o paraninfo ,
outros, por motivos políticos rejeitavam a indicação. Lourival foi conversar
com a direção, mas a escolha dos
homenageados já estava feita, os
convites expedidos, seria então uma descortesia
desconvidá-los. Lourival não se conformou,
da mesma forma. outros colegas. Decidiu-se então que os descontentes não
participariam da formatura, nem dariam seus retratos para o quadro da turma de
formandos. O diretor chamou um por um os alunos e a todos demoveu do que
estavam pensando fazer, menos a Lourival, e a um outro , que tornou-se amigo e admirador de Costa Filho a partir daquela ocasião, e
acompanhou a carreira do militar que, muitos anos depois, o convidava para irem
ver se ainda estaria numa das paredes do
Atheneu o quadro da turma de 1955, sem os dois retratos. Isso aconteceu quando
ambos tinham cabelos brancos, encanecidos pelo tempo. Na
ocasião, o coronel Lourival que se transferia para a reserva, era homenageado
no quartel do 28 BC, onde servira como tenente, pelo comandante, o coronel Eduardo Pereira, contemporâneo dele quando cadetes nas Agulhas Negras.
Lourival e o outro velho colega, nunca
chegaram a ir ver o quadro sem os retratos. Mas, o outro que faltou, teve, ao longo da vida, a oportunidade de verificar
que a integridade e a dignidade do menino ginasiano que sabia ser firme, o acompanharam por toda a vida no desempenho
de tantos cargos públicos que exerceu. Por isso , sempre acatava com satisfação
e respeito as sugestões ou as criticas judiciosas que o coronel fazia a respeito do que o jornalista, antigo colega ginasiano, escrevia. Lourival, dele lembra o
desembargador aposentado Pascoal Nabuco,
era, sobretudo um homem de palavra única e firme. Ele foi diretor
do Tribunal Eleitoral durante os períodos dos desembargadores Barreto
Prado, Fernando Franco e Pascoal Nabuco.
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