DE JAMES BOND A PAULO ROBERTO COSTA
007, o agente secreto James Bond, recebeu da Coroa Inglesa autorização para
matar. Ele sai pelo mundo matando a torto e a direito todos
os solertes inimigos: aqueles que
representam perigo para a estabilidade e a abençoada paz do mundo ocidental,
onde estão as virtudes que devem ser preservadas contra as ameaças externas.
Tudo não passa, porém, da ficção poderosamente imaginativa do escritor Ian Fleming.
A arte imita a vida. Bond e
a sua mínima pistola Walther 7.65 que
ele usa para matar inimigos com plena autorização da Coroa, resultam, apenas,
da criatividade de um bem sucedido novelista. Mas a vida também imita a
arte. A história registra que reis e rainhas britânicos autorizaram a
expedição de ¨Cartas de Corso ¨ para que flibusteiros saíssem pelos mares apressando navios, pilhando cargas, aprisionando e matando as suas tripulações, desde, porém, que as embarcações não estivessem sob bandeira inglesa. A autorização real era para
matar e roubar amplamente, desde que não se afetassem vidas e propriedades inglesas.
Paulo Roberto Costa, o diretor da PETROBRAS, parece ser o grande flibusteiro da República,
portador de uma autorização ampla, geral
e irrestrita, para o assalto aos cofres nacionais.
Sem essa ¨Carta
de Corso¨ para atuar na complacente
PETROBRAS, que lhe foi concedida por preeminentes figuras, seria inimaginável que o flibusteiro ¨ republicano ¨ tivesse a capacidade para
roubar tanto, e redistribuir a pilhagem, e que a PETROBRAS
seja uma empresa tão deploravelmente administrada sem condições para detectar,
pelo menos, indícios das irregularidades, apesar da desavergonhada ostentação
de riqueza que faziam Paulo Roberto e os seus sequazes.
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