terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O QUE PODERIA SER FEITO NA ASSEMBLEIA

O QUE PODERIA SER FEITO NA ASSEMBLEIA

Situação inédita, inusitada essa, quando a maioria dos deputados estaduais sergipanos se encontra na expectativa de decisões que poderão lhes render até a perda do mandato e  dos direitos políticos. Para um político mais do que a morte civil, isso seria uma sepultura em vida, a descida ao inferno do ostracismo. É improvável que ocorram as cassações, nem a Ditadura nos 15 anos em que vigoraram os Atos Institucionais conseguiu punir tantos em Sergipe, mas haverá atribulações, e enquanto durarem, menos ainda se poderá esperar do Legislativo.
O Ministério Público Federal foi ao cerne da questão tornando pública a facilidade com que escorria dinheiro pelos ralos escancarados de um Poder que nos últimos anos trocou a responsabilidade pública pela submissão a um aventureiro ambicioso e destituído de  sentimentos éticos. Deu no que deu. Mas há remédio.
O ideal seria então uma solução de compromisso a ser negociada pelo próximo presidente do Legislativo.

Em vez de punições, se faria uma economia de recursos benéfica aos minguantes cofres  estaduais. Seriam extintas as subvenções, o leit-motiv das atuais desventuras. Só isso representaria uma economia de 36 milhões de reais. Se avançaria mais cortando-se gastos com cargos de quem não trabalha, e sendo suspenso o nefando e imoral contrato de publicidade com a Rede Ilha, mais de cem mil por mês para um serviço que não é executado, uma afronta de favorecimento ilegal e discriminatório. Com mais alguns ajustes poder-se-ia chegar, facilmente, aos 50 milhões de reais este ano, ou seja, a quantia que falta para ser construído e equipado o Hospital do Câncer. Feito isso os  deputados poderiam, todos, respirar aliviados, sem receio da entrada a qualquer momento de Procuradores e Policiais Federais em busca de malfeitos na chamada Casa do Povo, que, ao mesmo tempo, passaria ,de fato, a merecer o nome.

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