A DESEMBARGADORA MARILZA MAYNARD
Quando foi aposentado aos 70 anos, o
culto e lúcido procurador de Justiça Eduardo Cabral Menezes se disse
inconformado por ter de sair quando se sentia mais apto a exercer suas funções,
pela experiência adquirida e a capacidade de produzir mais e melhor. Talvez a
desembargadora Marilza Maynard não alimente esses mesmos sentimentos, mas, com
certeza, nos meios jurídicos e na sociedade sergipana existe o reconhecimento
de que haverá, no Poder Judiciário, uma lacuna difícil de ser preenchida.
Marilza, prestes a tornar-se inativa já desativou-se de motu próprio,
utilizando as licenças que tinha direito para antecipar a aposentadoria. Sem
querer passar pelos ritos das despedidas, repete uma atitude do desembargador
aposentado Artur Oscar de Oliveira Déda, que ela tem como exemplo, por
considerá-lo um dos maiores magistrados de Sergipe.
Marilza foi chamada a desempenhar as
funções de ministra substituta no STJ onde passou 2 anos e produziu 18 mil
julgamentos. Professora, estudiosa do Direito, culta, Marilza
começou sua carreira como juíza da Comarca de Neópolis em 1971. Deixando o STJ
foi bastante homenageada e mereceu um artigo escrito pelo desembargador federal
aposentado Vladimir Passos de Freitas, que destacou a passagem da desembargadora
sergipana pelo Superior Tribunal de Justiça, e a sua gestão quando na
presidência do Judiciário sergipano, citada como exemplo relevante de ações
visando a economia de gastos e a eficiência do Poder.
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