DILMA DE LA PAZ
A GRAÇA FOSTER
A presidente (a ) Dilma
faz questão de demonstrar suas idiossincrasias. Essa palavra um tanto
estranha, cujo sinônimo poderia ser
manias, era comum em Sergipe
quando o exemplar homem público Jose Carlos Teixeira a ela recorria muito, tipificando
atitudes estranhas , inadequadas, que estariam a prejudicar a evolução política do estado e do país.
As idiossincrasias de Dilma
originam-se no apego às suas próprias convicções, mesmo que as
circunstancias estejam a sugerir a
necessidade de um agiornamento.
A um estadista não é dado o privilégio de ter motivações
pessoais, idéias exclusivas . A responsabilidade complexa com o governo impõe,
até mesmo, o sacrifício das próprias convicções, desde que assim se
proceda em função do interesse público.
A História deu passos enormes e até então insuspeitados, e o que parecia sólido desmanchou-se no
ar, metáfora que Marx e Engels utilizam
no Manifesto Comunista antecipando a
dissolução do sistema capitalista. Todavia. a hidra tem mais de 7 cabeças, e resiste, muda, se renova. O capitalismo não cultiva idiossincrasias,
até porque é destituído de sentimentos. Mas não
foi em vão a luta, porque a hidra
transformou-se, exibiu cara nova nas
sociais- -democracias, apegou-se às liberdades públicas, fez do pluralismo a
sua plataforma, entendeu que problema
social não é caso de polícia.
Pensar moderno, hoje, é procurar compatibilizar a ecologia
com o sistema produtivo, e isso significa realizar mudanças radicais na
economia de mercado, todavia, sem idiosincrasias, sem um açodamento que nos levaria a uma crise
insolúvel. Um exemplo: Automóvel polui, envenena o ar, mas não se podem fechar montadoras porque isso geraria um monumental
desemprego uma crise sem precedentes.
Mas há como se buscar alternativas, e
esse exemplo serve para todas as demais atitudes, para todos os comportamentos
políticos, que, em primeiro lugar, devem ser destituídos de idiossincrasias. Sem idiosincrasias a presidente Dilma teria
evitado essa capitulação que se tornou inevitável: um
banqueiro para devolver credibilidade à economia.
Sem
idiossincrasias Dilma já deveria ter
exonerado Graça Foster do comando da Petrobrás, mesmo que ela seja a mais
sacrossanta dos gestores públicos. Como proclamaram no Senado romano: ¨Não
basta que a mulher de Cezar seja honesta, ela tem de parecer honesta. ¨
Dilma, neste instante
crucial em que os capitais fogem do Brasil e a Petrobras se dissolve, sem
idiossincrasias, não deveria estar em La Paz, teria de ir a Davos, ( pronuncia-se Davôs) e
por lá desfilar, com simpatia, se possível, usando o mesmo discreto e elegante modelito que
vestiu na segunda posse, substituindo o
outro, o da primeira vez, evidenciando, assim, que ¨modelitos¨
são sempre renováveis.
Entre La Paz e Davos, de um modelito ao outro, 4 anos se
passaram, e na capital boliviana o modelito de Dilma também perdeu o charme. E
a oportunidade.
Lula, metalúrgico e homem, entendia muito mais de¨ modelitos¨ do que a mulher e economista Dilma, nossa pétrea, idiossincrática gerente.
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