NOVA INCURSÃO PELAS
SUTILEZAS DE MACHADO
Machado de Assis, se houvesse nascido na França ou nos Estados
Unidos, seria reverenciado como um dos maiores romancistas do mundo, ao lado de
Balzac, Flaubert, Joice, Vitor Hugo, Proust, Hemingway, Mark Twain e tantos
outros. Houvesse talvez nascido um pouco mais tarde, no tempo em que viveram
Garcia Marquez, Vargas Llosa, estaria
com eles no restrito clube dos sul-americanos que mereceram o Premio Nobel de
Literatura. O Brasil de Machado era ainda escravocrata, ou mal saído da abolição,
entrando pela incipiente República que quase não deu certo.
O escritor que nunca
saiu da sua cidade, o Rio de Janeiro, escreveu uma obra universal, e o passar
do tempo o torna cada vez mais atual. Livros são, deploravelmente, artigos pouco consumidos no Brasil, mas há
sinais esperançosos. Sobre a literatura de
Machado tantos agora se debruçam e intentam desvendar suas
sutilezas, tanto em relação a temas como
o amor, a paixão e as conseqüências que deles afloram , como no trato com
questões onde a critica social surge quase nas entrelinhas. Tudo isso torna o texto de Machado mais
instigante. Vladimir Souza Carvalho,
magistrado que enobrece a toga e escritor que enriquece a nossa literatura, não
resistiu à tentação de desvendar Machado, e concluiu A História que Machado de
Assis Escondeu, a ser brevemente lançado, numa sexta-feira ainda imprecisa, e
no preciso local da Academia de Letras, da qual Vladimir é imortal, com, e por todos os méritos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário