domingo, 3 de agosto de 2014

SERGIPE E A COMPETITIVIDADE



SERGIPE E A COMPETITIVIDADE
Na mesma semana em que  foram definidos  dois mega investimentos para Sergipe, o Projeto Carnalita, ( mais de quatro bilhões de dólares) e uma fábrica de cimento do Grupo Brennand ,(2 bilhões de reais) a revista Época e o jornal Folha de S. Paulo, publicaram uma pesquisa realizada pela revista inglesa The Economist. A pesquisa  abrange todos os estados brasileiros e mais o Distrito Federal, mostrando qual a capacidade de cada um para receber investimentos estrangeiros.  A lista é  liderada por São Paulo, Rio de Janeiro,  Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e mostra os cenários de 2012 e 2014.  Dois estados despencaram: Minas Gerais, caiu no período de terceiro para o sexto,  e a Bahia,  do nono para o décimo terceiro. A revista muito ¨ isenta ¨ acrescenta uma observação própria, afirmando que a queda mineira    foi conseqüência da redução nos preços do minério de ferro e da ¨perda de competitividade que também afetou outros estados ¨. No caso da Bahia a revista é explicita :¨a queda é resultante da deterioração no ambiente político e na infraestrutura ¨.
Sergipe aparece nos dois cenários no décimo sexto lugar, fica, no nordeste, abaixo apenas da Bahia, Pernambuco e Ceará, recebendo  nota 37,9.  Alagoas, o mais próximo, fica com 34,1, Paraiba  33,3 , Rio Grande do Norte 30,2, o Piauí, 24,9, e o  Maranhão, capitania dos Sarneys, com 22,2. Acima de Sergipe ficam Ceará, com 41,1, Pernambuco, 42,,1 e Bahia com 43,0, antes tinha 47,8.
 São considerados estados em situação regular aqueles com nota  entre 25 e 49, 9. Ótimos são aqueles  entre 75 a 100. Só São Paulo obteve 77,2.
A pesquisa toma como referencia  oito categorias alinhadas como essenciais para criar um ambiente propício  aos investimentos, priorizando-se, no caso, os estrangeiros.
Sergipe vem construindo há algum tempo um panorama bastante favorável aos investimentos.  Os estrangeiros começaram a descobrir o nosso estado, beneficiado pela posição geográfica  entre os dois maiores mercados  do nordeste. Mas, não é somente a simples localização que funciona como atrativo. Aracaju é uma cidade bem estruturada. Sergipe tem a melhor renda per capita do nordeste, e o melhor IDH,  também uma malha rodoviária eficiente, e, no final do próximo ano terá concluída a duplicação da rodovia BR-101, e em 2016 um novo aeroporto que já está sendo construído. Destaca o Secretário do Desenvolvimento Saumínio Nascimento,  que estamos montando um pólo automotivo, em Socorro já funciona a Yazaki, multinacional japonesa . A Saint Gobain,  vidraceira francesa, está sendo instalada em Estância,  e já tem um sócio sergipano, o Grupo Constancio Vieira. A Alma Viva, empresa italiana que opera com call-center  emprega em Aracaju mais de cinco mil pessoas. Há mais grupos estrangeiros chegando, além do mega negócio do petróleo no pré-sal sergipano onde já operam diversas empresas multinacionais.
Os assessores para assuntos de economia e minérios,  os professores Ricardo Lacerda e Oliveira Junior,  destacam a criação da FAPITEC , o Sergitec e o Núcleo de Petróleo e Gás da Petrobras, como pólos geradores de pesquisas e formação de mão de obra especializada, além de cinco escolas profissionalizantes criadas pelo governo do Estado, outras em construção.  Sergipe está entre os 5  estados que proporcionalmente têm mais estudantes de nível superior, em conseqüência   da ampliação dos campi da UFS, da UNIT, e o IFES  levando seus pólos de ensino técnico a vários municípios, e chegando ao sertão, em Poço Redondo, além da UFS em Nossa Senhora da Glória. O complexo de  faculdades AGES, de Paripiranga, onde tem mais de sete mil  alunos,  instala-se em Canindé do São Francisco e Lagarto.
Em Tobias Barreto está sendo concluído o  Complexo Empresarial Integrado, um modelo  que o governo pretende utilizar para  ser aplicado  em todos  os Distritos Industriais que deverão ter  finalidades múltiplas, tais como lojas, restaurantes, enfim, oportunidades para diversos outros empreendimentos.
Há desafios ambientais a vencer, segurança a ser garantida com a ampliação que já está sendo feita dos efetivos das polícias. Na área ambiental é preciso tornar limpos os nossos rios, completar o esgotamento sanitário de Aracaju e retirar a sujeira e mau cheiro dos nossos canais É preciso também atacar a questão da mobilidade urbana, inclusive voltando as atenções para o transporte fluvial e o metrô de superfície, resolver o problema do lixo urbano. São questões que constam da agenda do atual governo, e já existem avanços em alguns setores.
  o problema da ampliação do porto já em estudos,  do retorno das ferrovias.  Esse tema da competitividade de Sergipe para atrair investimentos, deveria ser um  dos principais a ser debatido na campanha, mas,  infelizmente , não é o que está acontecendo.

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