REGREDIMOS AOS TEMPOS DA DITADURA
Além de pedir na Justiça que
jornalistas sejam impedidos de criticá-lo, ou seja de informar aos sergipanos as suas peripécias
que não são poucas, o Sr, Edivan ousou
pedir também a apreensão das edições de jornais que viessem a incomodá-lo.
Melhor faria se prestasse esclarecimentos aos sergipanos sobre as enormes
suspeitas que sobre ele pesam. Como
homem público, líder de mais de uma
dezena de partidos, chefe de um projeto
que visa a conquista do poder em Sergipe, o Sr. Amorim tem a obrigação moral, o imperativo ético, de demonstrar com fatos,
qual a situação real das suas empresas,
como foi feito o empréstimo de 55 milhões de reais, e porque não o pagou e mereceu
mais 10 anos de prazo para quitar a divida de uma empresa com endereço falso em Itabaiana ? Se ele é ou não blindado por ¨ laranjas¨ ? Quais
as condenações que já recebeu? O que aconteceu mesmo entre ele o BANESTADO, e qual a situação das dezenas de ex-empregados da sua empresa
que sumiu? Esclarecer ainda a devastação
de mil tarefas de uma reserva ambiental
em Alagoas, destruindo inclusive a última
mata de cedros existente às margens do baixo São Francisco, e se foi condenado pelo crime ambiental ? E quem foi exatamente que o representou na
venda fictícia ou não das fazendas alagoanas?
Ele poderia dizer também se considera ético receberem as suas emissoras
de rádio cem mil reais todos os meses para fazer a transmissão nunca realizada
dos trabalhos do legislativo? Aliás ,
ele é devedor de uma montanha de explicações, exatamente por ser um homem
público.
Empastelamento, apreensão de jornais, foi coisa que, como lembrou um
valoroso editorial do Jornal da Cidade, só aconteceu mesmo em Sergipe nos primeiros dias do golpe de 64, quando o
major Raul , embriagado, invadia as redações para dizer o que deveria ser
publicado e o que era proibido, isso, depois de arrebentar os primitivos
equipamentos de impressão da Folha Popular,
o miúdo jornal comunista. Regredimos,
e se não ficarmos alertas, regrediremos ainda mais, e, talvez , irremediavelmente..
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