sábado, 23 de agosto de 2014

A CRUZ A FOICE E O MARTELO ( 3)



A CRUZ A FOICE E O MARTELO ( 3)
 Nolivro Memórias de uma Fraternidade Cristã, que aborda a trajetória da Juventude Universitária Católica, e do seu mentor o padre Luciano, é possível nele identificar uma espécie de clivagem  entre  as tendências  revolucionárias e reformistas da época. Entre os dois,os jucistas se colocam como uma espécie de
Cruzados modernizantes da fé, inseparáveis, contudo, de um objetivo de transformação social baseado no que eles acreditavamser o sentimento forte de Justiça e Esperança contido na mensagem do Cristo. Essa clivagem ideológica, foi, para aquele instante, talvez um enorme equívoco, especialmente para os que militávamos na esquerda com inspiração marxista, que depreciávamos o papel da fé, da religiosidade, e, com isso, criamos o vácuo que a direita golpista preencheu.  Assim, inevitavelmente, veio a ruptura institucional de 64.
Se não tivesse havido a separação, com certeza os rumos do Brasil seriam diferentes. Na esquerda de orientação marxista dizia-se que o verdadeiro humanismo estava contido
na inspiração revolucionária pura, enquanto isso, aprofundava-se o abismo entre os que, como os jucistas, por exemplo, ansiavam por mudanças, mas não se desviavam também da ética, da necessidade do pluralismo  e da fé. O livro é uma evidencia de que aqueles sentimentos tão cultivados, criaram homens e mulheres, personalidades, que foram exemplos de vida e nunca se desviaram da responsabilidade social, enquanto isso, nem sequer suspeitávamos de que era falsa a idéia da criação do ¨novo homem ¨, um mito que surgiu com a revolução bolchevista de 1917,  e serviu de pretexto para a montagem do Estado totalitário.
Ignorávamos que na Rússia Soviéticaos templos estavam  quase interditados, mas, nas suas casas, as pessoas acendiam os seus círios nos altares ocultos. Putin, o todo poderoso líder russo foi um dos expoentes da KGB, a policia secreta, mas , sabe-se hoje, nunca deixou de ser um cristão ortodoxo praticante.

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