A CRUZ A
FOICE E O MARTELO ( 3)
Nolivro Memórias de uma Fraternidade Cristã,
que aborda a trajetória da Juventude Universitária Católica, e do seu mentor o
padre Luciano, é possível nele identificar uma espécie de clivagem entre
as tendências revolucionárias e
reformistas da época. Entre os dois,os jucistas se colocam como uma espécie de
Cruzados
modernizantes da fé, inseparáveis, contudo, de um objetivo de transformação
social baseado no que eles acreditavamser o sentimento forte de Justiça e
Esperança contido na mensagem do Cristo. Essa clivagem ideológica, foi, para
aquele instante, talvez um enorme equívoco, especialmente para os que
militávamos na esquerda com inspiração marxista, que depreciávamos o papel da
fé, da religiosidade, e, com isso, criamos o vácuo que a direita golpista
preencheu. Assim, inevitavelmente, veio
a ruptura institucional de 64.
Se não
tivesse havido a separação, com certeza os rumos do Brasil seriam diferentes.
Na esquerda de orientação marxista dizia-se que o verdadeiro humanismo estava
contido
na
inspiração revolucionária pura, enquanto isso, aprofundava-se o abismo entre os
que, como os jucistas, por exemplo, ansiavam por mudanças, mas não se desviavam
também da ética, da necessidade do pluralismo
e da fé. O livro é uma evidencia de que aqueles sentimentos tão
cultivados, criaram homens e mulheres, personalidades, que foram exemplos de
vida e nunca se desviaram da responsabilidade social, enquanto isso, nem sequer
suspeitávamos de que era falsa a idéia da criação do ¨novo homem ¨, um mito que
surgiu com a revolução bolchevista de 1917,
e serviu de pretexto para a montagem do Estado totalitário.
Ignorávamos
que na Rússia Soviéticaos templos estavam
quase interditados, mas, nas suas casas, as pessoas acendiam os seus
círios nos altares ocultos. Putin, o todo poderoso líder russo foi um dos
expoentes da KGB, a policia secreta, mas , sabe-se hoje, nunca deixou de ser um
cristão ortodoxo praticante.
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