sábado, 17 de maio de 2014

OS REMEDIOS FITOTERAPICOS E O ASSALTO DOS LABORATÓRIOS



OS REMEDIOS FITOTERAPICOS E
 O ASSALTO DOS LABORATÓRIOS
 Plantas medicinais sempre fizeram parte do amplo arsenal curativo do povo brasileiro. A sabedoria popular selecionava um elenco de folhas com capacidade comprovada para a cura de doenças e  prevenção de diversos males. Desde a cicatrização rápida de um ferimento ao melhor funcionamento do coração, dos rins, do fígado, até   a superação das disfunções sexuais, muito antes do Viagra, tudo  se conseguia, comprovadamente, por meio da utilização correta das plantas. Os portugueses, quando aqui chegaram, já conheciam essas práticas que existiam na Europa, também nos outros continentes, na Ásia, onde os chineses eram os mestres da ciência de unir a propriedade de cada planta à formas de tratamento que dariam inveja aos nossos modernos fisioterapeutas; o mesmo acontecia na Pérsia, na Índia. A medicina ao longo dos séculos era predominantemente fitoterápica. Os colonizadores portugueses no Brasil enriqueceram seus conhecimentos ao incorporar as práticas dos indígenas, depois, dos africanos escravos.   Nos últimos dois séculos foram surgindo grandes laboratórios  fabricantes de remédios que começaram a usar maciçamente  produtos químicos, não deixaram de  recorrer às plantas, mas, recusavam-se a admitir que  guardavam qualquer forma de proximidade com a medicina popular, assim, tornaram-se fornecedores exclusivos no lucrativo ramo dos medicamentos e relegaram o ¨chazinho da vovó¨ à condição de  hábito simplório destituído de qualquer fundamento científico.
Controlando o absurdamente lucrativo mercado, as multinacionais  priorizaram  o objetivo de ganhar mais, esquecendo-se de ofertar medicamentos eficientes a preços acessíveis. Surgiram os remédios a preços  astronômicos, como as latinhas  de leite para crianças alérgicas, a mais de 500 reais a unidade. Há médicos que insistentemente prescrevem esse tipo de leite, e o poder público se vê na obrigação de custeá-los,forçado pela  interferência do Ministério Publico que reforça, assim, um processo espoliativo, um assalto das multinacionais, no qual médicos se tornam cúmplices.
Arecente decisão da ANVISA reconhecendo a eficácia de diversos fitoterápicos, abre caminho para que se possa enfrentar o  descalabro até agora impune da quadrilha internacional dos medicamentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário