DEPUTADO ALMEIDA LIMA
Almeida Lima de alma leve depois de ter
refeito a relação de amizade e de sintonia política com o primo Jackson Barreto
parece ter renovado o seu entusiasmo com a política, que teria diminuído depois
de algumas decepções. Quer agora trocar o mandato federal pela Assembleia,
esperando ser, no legislativo sergipano, um baluarte do governador Jackson.
Almeida,busca fórmulas que possam dar
bons resultados na alquimia política que
terá de ser feita para que se chegue à
descoberta do ouro, que seria uma aliança
envolvendo o PMDB,PSB, DEM e PT.
Almeida deu tratos à bola e lançou
ao ar um balão de ensaio. Levado pelos bons ventos de uma razoável
receptividade o balão teria revelado um caminho a seguir entre nuvens de
dúvidas, desconfianças e desencontros. A proposta de Almeida parece sera
primeira vista simplória, mas, se analisada em todo o seu desdobramento pode
ser a ideia capaz de aquietar políticos que cavalheirescamente agora , tratam a todos com deferência na esperança de
uma oportunidade onde melhor possam conquistar o espaço do tamanho das suas ambições.
Na propostaa chapa majoritária seria formada por Jackson governador e Maria do
Carmo candidata à reeleição. Note-se que entre o PMDB e o DEM também agora com
o PSB não existem impedimentos para alianças estaduais, mesmo havendo palanques
diversos abrigando candidatos à presidência. Haveria então a infatigável
pergunta: E o PT onde ficaria nesse arranjo? Ai é onde entra a engenhosidade da
ideia almedina. O senador Valadares seria convidado a deixar o supremo conforto
da sua cadeira senatorial onde deve permanecer por mais 4 anos e 6 meses, e vir
compor a chapa de Jackson como
vice-governador. Acontece que José Eduardo, ex-senador, é agora primeiro
suplente de Valadares e assim,havendo o sucesso eleitoral, retornaria ao Senado
por 4 anos, assegurando ao PT, a
presença na Câmara Alta de um político experiente, leal ao partido e aos amigos e que teve um
desempenho brilhante durante o seu mandato.
Em política é sempre
temeráriofazer acordos que envolvam compromissos
futuros,
osacertos entre quatro paredes embutidos além da fórmula inicial e pública que
possibilitou o entendimento. Não há como se pensar a longo prazo diante das
variáveis complexas da vida política.
Assim, é possível imaginar-se o desdobramento futuro dessa chapa,sem que
isso passe do mero exercício de futurologia.
Almeida, claro, não consultou
antes o senador Valadares,para saber o que pensaria de tal proposta que para ele
significaria um sacrifício, deixando a posição confortável que hoje desfruta
como senador e tendo ao seu lado na Câmara, Valadares Filho. Um, está no prédio côncavo,o
outro bem perto, no convexo. O DEM
manteria em Brasíliaa senadora Maria e o deputado Mendonça Prado, cotado para
receber agora uma votação maior do que a alcançada em 2010.
Havendo o entendimento, na
hipótese de Valadares aceitar a troca da mais confortável cadeira da República
pelo gabinete de Vice – Governador de Sergipe, que eleocupou quase no inicio da sua vida pública, alguns
mimos poderiam ser feitos ao senador,
como o oferecimento da primeira suplência de Maria para que ele indicasse
alguém, preferentemente o ex-vice governador Belivaldo Chagas. Valadares e o seu PSB sergipanonão seriam
alijados do plano federal porque há excelentes perspectivas de reeleição do
deputado Valadares Filho.
O que Lula e a presidente Dilma
achariam disso? Não é difícil imaginar que estariamextremamente contentes com o
retorno de Jose Eduardo ao Senado, não esquecendo que ele é, depois do
desaparecimento de Déda, a principal referência em Sergipe para a cúpula
nacional petista.
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