A AGRICULTURA FAMILIAR
O MST E A VOZ DO POVO
A força da agricultura familiar é uma realidade em Sergipe. O nível a
que chegou a produção em áreas pequenas e com a utilização de mão de obra do
grupo familiar, equivale a uma mudança completa de paradigmas no campo. Para
que essa transformação se concretizasse Marcelo Déda foi fundamental. Sergipe,
hoje terceiro produtor de milho no nordeste alcançou essa posição com um modelo
no qual se incluíram a agricultura familiar e o chamado agronegócio, que
utilizam tecnologia para plantar e colher milho no reduzido espaço de tempo em
que no semiárido a chuva tem maior probabilidade de acontecer, os meses de
maio, junho e julho. A pecuária leiteira num modelo de produção familiar
adaptou-se muito bem ao semiárido, e tem revelado um surpreendente dinamismo.
A fórmula que vem sendo utilizada ainda deve completar um
imprescindível processo de evolução rumo ao objetivo de fazer da agricultura
uma atividade ecologicamente correta. Já existem importantes avanços. Se tudo
isso acontece agora, é preciso reconhecer que sem a eliminação do latifúndio
improdutivo nada teria sido feito, e o campo continuaria sendo inviável
território emissor de mão de obra desqualificada e de mendigos para os grandes
centros urbanos, agravando os problemas nas cidades onde se multiplicavam as
favelas e a marginalidade. O MST deflagrou em Sergipe esse bem sucedido
processo de superação das velhas relações de produção na agropecuária com
reflexos modernizantes na agroindústria canavieira.
Há ainda um longo caminho a percorrer, e para juntar mais ainda o
poder público e os pequenos agricultores na caminhada, segunda-feira, dia 28, o
governador Jackson Barreto reuniu em Poço Redondo representantes de todos os
setores da agricultura familiar para uma troca de ideias sobre a melhor maneira
de fortalecer a parceria entre pequenos agricultores, movimentos sociais e o
governo do estado.
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