sábado, 8 de fevereiro de 2014

O SENADOR VEREADOR DA BANCADA DO PREFEITO ZEQUIÉ



 O SENADOR   VEREADOR   DA
BANCADA DO PREFEITO ZEQUIÉ
Sergipe acaba de perder um Senador que, presumiam os sergipanos,  os representasse  em Brasília. Sergipe perdeu,  Capela ganhou,  tem agora  um  parlamentar federal municipalizado, exclusivamente seu, na chamada Câmara Alta da República. O sistema de voto distrital que setorializa  o voto e também a atuação do parlamentar, exclui o senador,  nos países que o adotam e possuem o bicameralismo, ( Câmara e Senado )  desta espécie de territorialização, quase uma municipalização. O Senador é sempre o representante  do estado pelo qual se elege. Mas o senador Amorim insiste em ser vereador da Capela, minimiza, reduz, avilta o mandato que os sergipanos lhe conferiram.
 O novo vereador apoia o prefeito,  ¨seu Zequié¨.  Os capelenses ganharam   o privilégio de um Senador próprio, algo assim como se fosse um vereador de luxo.  Resta saber  se seria prejuízo para Sergipe ou vantagem  para Capela , um Senador da República assim tão paroquial,  limitado pelas ambições do irmão e guia, que tem, em relação a  Sergipe, o mesmo apreço que demonstrou aos infelizes trabalhadores da sua sumida transportadora, todos eles  ainda  buscando na Justiça a reparação  devida .   A política,   ou melhor, a politicalha sergipana,  confundiu-se, desde algum tempo, assim que surgiu ¨a política do olho no olho ¨, com  um jogo maroto de espertezas , quase  virou uma Ópera do Malandro.  
  É nessa Ópera do Malandro que se insere e se explica,  esse tragicômico show de circo mambembe: a sabotagem ao  Projeto Carnalita.
 Imaginemos que em vez de Sergipe, São Paulo fosse o estado escolhido pela Vale, e que a jazida de potássio estivesse localizada no município de Ubatuba, e então, o prefeito daquele município,  aliado, pertencente ao mesmo partido de um senador,   alegasse que   Ubatuba iria perder recursos, e começasse a criar dificuldades para inviabilizar o projeto. O senador   seria o primeiro a procurar o prefeito para dizer-lhe: - Precisamos tratar primeiro  do interesse de São Paulo, vamos  facilitar as coisas e evitar que a Vale desista do projeto.  Não se  pode perder um investimento de  4 bilhões de reais e a geração de 14 mil empregos diretos e indiretos  por capricho de um prefeito . O prefeito nem ousaria falar desafiando o interesse paulista, logo,  os políticos, a poderosa FIESP, os sindicatos, cairiam todos em cima dele,  e o caminho rapidamente estaria aberto para que a Vale começasse a construir suas instalações. Se um senador paulista  se omitisse, ou agisse com subterfúgios e espertezas,  por ser opositor do governador Geraldo Alckmin, os paulistas, na sua grande maioria, logo o iriam classificar como traidor,  indigno de representar o estado, e ele se veria alijado da vida pública. Um senador paulista não trocaria São Paulo por Ubatuba,
 Nem   deixaria que a sua ambição passasse por cima do interesse de todos os paulistas.   Por isso, São Paulo cresceu e cresce, enquanto aqui, afugentamos uma empresa que nos traz   um pacote raríssimo de 4 bilhões de reais.
     O senador Amorim  cala, consente, e ouve, sem ficar indignado  e  reagir, mesmo ouvindo  o prefeito Ezequiel,  seu companheiro de partido, dizer: ¨Se a Vale não atender a Capela que vá embora, a carnalita está em nosso subsolo e um dia será explorada. ¨
Isso  é traição aos interesses de Sergipe e do Brasil , e esse crime não é somente  cometido pelo prefeito Ezequiel, o senador Amorim é  cúmplice por interesse eleitoral, imaginando que se o Projeto Carnalita  não  vingar, o seu grupo poderá jogar a culpa sobre o governador Jackson Barreto.
 Parece também que ele não entendeu ainda  o que significa um mandato de Senador da República, por isso, prefere agir como se fosse vereador de Capela, um vereador aliás incapaz de entender, por falta de discernimento  ou deliberado propósito, que,  perdendo o Projeto Carnalita   Sergipe  sofrerá um prejuízo imenso, mas, para Capela ,  a desistência da Vale significará a condenação da grande maioria da população pobre do município a continuar sem emprego tendo de vender o voto e ainda  pagando caro para enterrar os seus mortos no cemitério local, uma exigência de ¨seu Zequié,¨ o prefeito, explorador de vivos e também de mortos, que resolveu ser coveiro do futuro de Sergipe.

PS. O povo capelense é tão vítima como o povo sergipano dessa política rasteira, onde alias se juntaram na mesma panela em que se produz o caldo grosso dos desatinos, tanto o prefeito Ezequiel como  o seu adversário e inimigo Sukita.  Se a Vale desistir do Projeto  Carnalita  as jazidas de Capela nunca mais serão exploradas. A Vale  continuará produzindo potássio no Canadá, e um dia, dentro de mais  4 a 6 anos, quando forem contornados problemas ambientais e logísticos a  mineradora multinacional poderá estar operando a gigantesca mina de silvinita  no Amazonas, lá produzindo o potássio, e então,  a carnalita  de Capela valerá tanto quanto  o respeito que ¨seu Zequié ¨  tem aos sergipanos, onde se incluem, claro, os capelenses.

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