GEORGES SOROS, O BRASIL E A
CONSPIRAÇÃO DO PESSIMISMO
George Soros é mundialmente conhecido como um
megainvestidor com ideias destoantes da ortodoxia neoliberal que domina os
mercados. Adota comportamento algumas vezes beirando à excentricidade,
diante do figurino rigoroso do mundo financeiro, e tem visão muito particular a respeito da sobrevivência do capitalismo. Para os
sisudos magnatas da alta finança é visto
com reservas, até antipatia, mas, a sua
capacidade de influenciar os mercados o
faz tolerado, até temido.
Agora, Soros anuncia que está chegando ao Brasil com muito potencial para investir no país,
exatamente no instante em que a conspiração do pessimismo alcança o paroxismo , e a grande mídia age de forma tão destrutiva como o fazem os
vândalos Black – Blocs, no quebra –
quebra irresponsável das ruas.
Bastou Soros anunciar a vinda ao Brasil , e, em vez de interpretar o que significa a
decisão do poderoso investidor, no exato
momento em que se configura um golpe especulativo cujo passo inicial é o desmonte da imagem dos
emergentes, a grande mídia prefere transformar em manchete boba uma declaração a
ele atribuída de que não sabia quem era Dilma , muito menos Lula.
O primarismo dessa mídia chega a ser contundente.
João Augusto Gama, ex-prefeito de
Aracaju, agora Secretário de Gestão e Planejamento, viveu, na adolescência, uma
situação que poderia ser vista no mínimo, como embaraçosa. Era militante de
esquerda no movimento estudantil policiado de perto pela ditadura, e trabalhava
com o pai, respeitado comerciante,
distribuidor em Sergipe dos produtos da Shell, a multinacional anglo-holandesa.
Descobriu, para tranquilidade sua, que contradição seria ter ideias, e deixar,
por conveniência ou comodismo, de defendê-las. Isso então, é o que faz até hoje o advogado e
empresário João Gama, que nunca deixou de ser político.
Gama comentava com amigos uma entrevista do
economista Mendonça de Barros, que foi figura preeminente no governo de FHC. Ele
dizia que o pessimismo no Brasil está sendo
artificialmente fabricado, porque não há
crise real quando o emprego está em expansão e a média salarial permanece
subindo; e citava um mega- investimento
agora realizado pelo grupo Lehman,
Sicupira e Teles, para perguntar:
¨Alguém já viu um daqueles
três rasgando dinheiro? ¨
Em Sergipe ocorre coisa muito
parecida com a conspiração do pessimismo. Aqui, a propósito da observação feita
por Gama, um discurso irreal da Grupo
Amorim, se traduz na afirmação do
senador: ¨Nosso grupo é o contraponto a tudo o que está ai,¨ que se resumiria
em desastre, desgoverno, paralisia, incompetência, clima de decepção e desesperança.
As cifras e a realidade que vivemos desmentem
essa afirmação. Empresas que continuam se expandindo ou vindo instalar-se em
Sergipe, Aracaju transformando-se num polo de call-centers, revelam a confiança
dos investidores. Em Houston, no Texas, já com começaram a ser fabricados os
equipamentos da refinaria de petróleo a ser instalada em Carmópolis.
Há ainda evidencias fortes que desfazem
o surrado e repetitivo discurso
pessimista, tais como: Recordes na
geração de empregos, também no superávit fiscal, só alcançado por mais dois
estados: Paraná e Rio Grande do Sul. Recordes também em setores da agricultura,
como o milho, na agroindústria canavieira, na indústria
do cimento, de alimentos, entre outros, e mais um canteiro de obras,
onde se incluem novas estradas, o dinamismo do mercado imobiliário, a venda
crescente de veículos e outros bens duráveis, e o aeroporto de Aracaju, agora parado
das 4 às 10 da manhã, porque começam as
obras de ampliação. As transformações no campo, com a agricultura familiar e os
programas de inclusão social, a evolução
rápida da pecuária leiteira e da indústria de laticínios, o crescimento da
classe média ampliando o mercado consumidor.
E há ainda as descobertas de petróleo
começando a gerar investimentos.
São fatos concretos que se
sobrepõem a um discurso destituído de imaginação. Gerar pessimismo e inventar o caos,
são coisas bem mais fáceis de fazer do que construir alternativas
viáveis, criativas, modernas e inteligentes para Sergipe.
Como sempre repete Albano Franco, que continua protagonizando a novela cheia de
suspense do vai ou não vai ser candidato: ¨Ninguém pense que o povo é burro ¨.
Aliás, Sergipe ganharia se Albano
tivesse um mandato em Brasília.
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