sábado, 18 de janeiro de 2014

RELEMBRANDO O FÊ-BÊ-A-PA



RELEMBRANDO O FÊ-BÊ-A-PA
Continuando,   neste ano de cinquentenário  da ¨redentora ¨ a  série de lembranças pontuais sobre o festival de besteiras que assolou o país, no mesmo ritmo em que se acentuava a repressão  e os novos   donos do poder, variando entre bem intencionados e  carreiristas  que sempre afloram, iam,   diante da surpresa ou até trauma com uma engrenagem que desconheciam,  revelando em palavras e atos o despreparo absoluto para o exercício de atividades, principalmente políticas.  Havia ainda o enorme cordão de puxa – sacos, que não podiam ver passar uma farda sem correr a bajulá-la.
 No Rio de Janeiro o jornalista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, passou a não ter espaço na sua coluna e noticiar tantos episódios do Festival de Besteira que assolava o país, o Fê-Bê – A – Pá.
 Aqui, terra miudamente pequena,  naquele tempo destituída de cidadania, capacidade crítica, e, muito menos, participação popular, na falta de altas patentes militares passaram os subalternos a ser tratados como generais ,  almirantes e brigadeiros. Um tenente, que era o mais antigo oficial do 28º BC e que fora  comandado do  coronel Castelo Branco  durante a campanha da FEB na Itália,   na condição de  ¨amigo ¨ do coronel que se tornou marechal e presidente da República  logo  começou a  exibir poder. Durante algum tempo virou governador, prefeito, juiz, delegado. Na frente do quartel formavam-se filas para que o tenente Rabelo resolvesse problemas que iam de brigas entre marido e mulher, a dividas não pagas, roubo de galinhas, jogo do bicho,  atendimento nos hospitais, carestia , falta de água e de luz, buracos nas ruas,  e  até desespero de corno inconformado.

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