sábado, 18 de janeiro de 2014

ARACAJU POLO DE CALL-CENTERS E A POLITIQUICE RASTEIRA E SEBOSA



ARACAJU  POLO DE CALL-CENTERS E
 A POLITIQUICE RASTEIRA E SEBOSA
O  italiano Alma Viva foi o primeiro.  Contatos iniciados em Roma por Marcelo Déda com  empresários italianos despertaram neles o interesse em conhecer aquela cidade ensolarada, às margens de um rio e do oceano, onde a vida ainda corria com certa tranquilidade, sem aquela azáfama neurotizante  dos grandes centros. A descrição feita pelo governador aos  investidores lhes pareceu precisa, cartesiana, pelas cifras e a argumentação lógica, mas, havia uma leveza poética que os instigava ainda mais a irem ver, de bem perto, aquela capital de um estado que, souberam,  era o menor do Brasil.
Déda era culto,  didático,   eloquente,  e não havia quem não ficasse bem impressionado com as suas falas. Assim, o grupo Alma Viva veio parar em Sergipe. Quando o Secretário  Saumínio Nascimento falou sobre  as tratativas já concluídas  e a decisão dos italianos de virem montar  um negócio  gerando  4 mil empregos, quase de uma noite para o dia, houve quem enxergasse  nele, exagero e vontade de aparecer. Não era nada irreal ou superdimensionado. Os call-centers têm  a característica inusitada de criar empregos ultrapassando largamente aquela relação média entre capital investido e posto de trabalho  gerado.  Instalado nos galpões da antiga fábrica de tecidos Confiança, o Alma Viva emprega  mais de 3 mil pessoas em turnos sucessivos.     
Outro grupo operador de Call-Center aporta em Aracaju  acenando com a possibilidade de gerar 6 mil empregos. Agora, ninguém mais tem dúvidas de que isso será possível. Os empresários estiveram com o governador Jackson Barreto, saíram entusiasmados do encontro, e Aracaju se consolida como um promissor Polo de Call-Centers.  
 A cidade  tem um diferencial que a torna atraente, e este diferencial, para ser mantido, está a exigir uma série de indispensáveis requisitos.
Felizmente, existem  consistentes motivos para crer na possibilidade   de a nossa capital continuar sendo  capaz de ampliar a atração que  desperta.
 Com relação à segurança há o  concurso para admissão de novos policiais;  mais de 100 milhões sendo investidos num  sistema de esgotos, indispensável para acabar a fedentina  em alguns pontos da cidade, desde a luxuosa 13 de Julho até bairros pobres, onde dejetos correm pelo chão  .  Com a adutora do São Francisco , ( governo Augusto Franco) e agora a grande barragem do rio Poxim,   água não será problema;  mão de obra qualificada está sendo preparada no velho e confiável sistema S, aquele das Confederações da Indústria e do Comércio, e mais em diversas escolas técnicas criadas ou sendo instaladas pelos governos federal e estadual. Na mobilidade urbana a coisa se complica, pois são, dizem, mais de mil   veículos    nas ruas da cidade todos os meses.  João Alves  tomou a oportuna providencia de chamar novas empresas de ônibus, e houve  sensível melhoria. Os viadutos da Tancredo aliviam um pouco, da mesma forma, a quinta ponte sobre o Poxim, que  Edvaldo Nogueira construiu, mas, parece ter-se esquecido de inaugurar. Enquanto não se pensa em projeto  definitivo, que poderia ser o VLT, Veículo Leve sobre Trilhos,  proposta do então candidato a prefeito de Aracaju, deputado Valadares Filho, novas avenidas estão saindo da prancheta na prefeitura, uma delas, a vistosa Perimetral, em parceria com o governo do estado.  Aracaju tem ainda um vasto anel de ciclovias, iniciativa de Déda, quando prefeito. Enfim,  parodiando o ficante  Dom Pedro 1º : ¨Para o bem de todos e felicidade geral dos aracajuanos, a capital nunca       teve um prefeito       decepcionante¨.      A  sintonia civilizada entre a prefeitura     e  o      estado, ao longo do tempo  vem    dando  resultados práticos, e  Aracaju, por isso, impressiona bem a investidores e turistas.
 Poder público e sociedade civil terão de trabalhar muito, de exercitar até aonde for possível a capacidade de fazer e a vontade de criar, inovar, para nos tornarmos a Florianópolis do nordeste, ou, quem  sabe , bem melhor.
   Que nos livremos da mesquinharia, da politiquice rasteira e manhosa, para não dizer sebosa, como esta que faz o prefeito de Capela, pau-mandado, pondo em risco  o Projeto Carnalita,  investimento de 2 bilhões de dólares.  Se o perdermos, estaremos condenando gerações a penar o prejuízo.
 Com a palavra o nobilíssimo  senador Eduardo Amorim, que tanto blasona  seu interesse em tornar Sergipe melhor.

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