DILSON BARRETO E A ESCOLA
DESENVOLVIMENTISTA
O professor Dilson
Barreto faz parte daquela geração de economistas que, afinados com as
ideias da CEPAL, criaram em Sergipe a Escola
Desenvolvimentista que priorizava o planejamento e a participação do Estado no
processo econômico, como indutor, suporte ou agente direto da economia,
contrariando a ortodoxia da crença liberal na eficácia e no predomínio
absoluto do mercado. Eram até acusados de socializantes ou mesmo comunistas,
mas souberam se impor, e durante muito tempo , através do CONDESE,
estiveram à frente das politicas nas áreas econômica e social de sucessivos governos
de Sergipe. O líder de todos era o professor Aloísio de Campos. Com o tempo
desapareceu o planejamento, sempre trocado pelo improviso, desorganizou-se
a célula de pensadores que formulavam estratégias e descobriam
oportunidades. Por causa deles, Sergipe modernizou-se, aposentou o
engenho e o carro de boi e fez um ensaio na era industrial.
Foi uma saga cheia de
percalços, e isso exigiu, não só o aparato teórico e a capacidade de
colocá-los na prática, mas também fibra e consciência politica dos economistas,
entre os quais Dilson pode ser apontado como modelo.
O que foi a luta pelo
desenvolvimento de Sergipe e o papel do CONDESE, entre 1964 e 1982
Dilson conta e justifica, no livro que está lançando, que é mais uma das
publicações primorosas da Editora do Diário Oficial, que o professor
Jorge Carvalho mantem na diretriz especial de valorização da sergipanidade.
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