O IMPERIO NOS AGRIDE
O
¨grande irmão do norte ¨, o império americano, é, por índole, um poder
agressivo. Hoje, mais ainda hegemônico, ele não admite os freios que as regras
da convivência internacional estabelecem para conter o
excesso da força, e faz isso impunemente, porque tem poder bélico suficiente
para desafiar, se for preciso, o mundo. Não é novidade a bisbilhotice de um
país por outro. Isso se chama espionagem. Nas cortes europeias, onde o sangue
misturado dos troncos da realeza
estabeleciam um condomínio transnacional, mesmo assim, os ¨primos¨ se
combatiam, e, mais ainda, viviam a se espionar mutuamente. Antes de se
engolfarem no morticínio da primeira grande guerra, o tzar Nicolau da Russia e
o Kaiser Guilherme da Alemanha, que eram primos, trocavam cartas onde se
tratavam por ¨Meu caro Nick ¨ou ¨ Meu querido Willy ¨ enquanto suas redes de espionagem agiam incessantemente. O
Império Austro-Húngaro era um fornecedor de belas, ou nem tanto, loiras
princesas casadoiras , que nas alcovas
de vários países, onde dormiam com reis, príncipes ou imperadores, se tornavam
privilegiadas informantes a serviço dos interesses de Viena. Princesas
austríacas fizeram isso das cortes de Paris ao Rio de Janeiro.
Mas o que querem mesmo os
americanos quando vigiam eletronicamente o que faz a nossa presidente Dilma? O
Brasil não representa nenhuma ameaça militar, é um país quase desarmado, sem
ambições de conquistar nem mesmo um palmo de terra da Guiana ou da Bolívia,
quando mais do poderoso Estados Unidos da América. Na verdade o interesse é
puramente econômico. O terrorismo é o disfarce, o pretexto. Barack Obama, como
todos os seus antecessores, é mais um agente público instalado
na Casa Branca a serviço dos interesses das grandes corporações. Por
isso, ele espiona o Brasil, quer atacar a Síria, atendendo aos desejos da
indústria bélica e dos seus generais lobistas. A Síria tem armas químicas,
utilizou-as contra seu próprio povo ? E dai, por acaso não foram os americanos
os primeiros a usar gases venenosos contra os seus cidadãos ? Isso aconteceu em uma
universidade. O ano 1968. O palco, o campus de um dos grandes templos do
conhecimento, Berkeley. E quem cometeu genocídio com napalm contra o povo
vietnamita ?
Os arsenais de Israel estão
repletos de armas químicas , de bombas atômicas, mas a Síria que tem desde 1967
uma parte do seu território anexado à força pelo vizinho que é livre para fazer
o que bem entende, deve ser duramente
castigada.
Quem ousaria
igualar ao lixo os princípios éticos do império que descaradamente nos
espiona? Pelo menos, contra nós, o
império só nos espiona, ainda não nos aponta
os seus mísseis .
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