sábado, 21 de setembro de 2013

COMO SER DE VERDADE O BANCO DOS SERGIPANOS



 COMO SER DE VERDADE O BANCO DOS SERGIPANOS
Com a correta e compreensível intenção de mostrar que é, de fato¨,  o ¨ banco dos sergipanos¨ a direção do BANESE passou a expor argumentos, oportunos, sem duvidas, todavia que não expressam exatamente o sentido da sergipanidade  que se espera daquele banco.
Apoiar financeiramente iniciativas como o Forrocajú, o Precaju, os grandes eventos turísticos de Sergipe, é bom, é positivo. Mas, para isso, basta que se assine a autorização e transfira recursos disponíveis. O BANESE está presente em diversas iniciativas culturais, como o primoroso Museu da Gente Sergipana,  comandado com capacidade e inteligência pelo arquiteto e intelectual Ézio Déda; também o Palácio  Museu, exemplarmente dirigido, entre outros, pela criativa Eliana Borges. Faz mais o BANESE na área cultural,  como o mecenato da hoje  nacionalmente admirada Orquestra Sinfônica de Sergipe, que cresceu sob a batuta sensível do maestro Manis, e foi impulsionada pelo arrojo gerencial de Grampão.
Todavia, todos esses projetos culturais, foram arquitetados, saíram da cabeça prolífica do governador Marcelo Déda. Ele os pôs em prática, contando com a dedicação de Oliveira Junior, do professor Luiz Alberto,  da secretária Eloisa Galdino,  ouvindo intelectuais como o sempre lembrado jornalista Luiz Antônio Barreto,   Ibarê Dantas,  Jorge Carvalho, entre tantos outros. Ao banco coube repassar os recursos, exatamente através do Instituto Banese, também idealizado por Déda.
Então, o que se estaria a  exigir do BANESE para demonstrar sua efetiva sergipanidade?
Apenas algo que se resume a uma palavra: CRIATIVIDADE.
Para começar, o BANESE  teria de ser uma micro imitação,  dentro dos limites de Sergipe, do que é e do que faz o Banco Mundial.
A sergipanidade  seria melhor demonstrada se o BANESE criasse, por exemplo, um Departamento de Projetos Estratégicos, o que exigiria em primeiro lugar, exatamente a tal criatividade alço como um brainstorm  permanente.  Quando não se consegue criar, inovar, copiam-se  as boas iniciativas  hoje  disponíveis a todos que delas quiserem sair à procura. O BANESE teria de buscar parceiros, descobrir novas linhas de crédito, juntar-se às ONGs, convocar os empresários sergipanos que andam um tanto ou até muito ressabiados com o banco e dizer-lhes: Precisamos dos seus depósitos vamos transformar o BANESE num agente mobilizador de projetos inovadores na área econômica alinhados,  sempre, a objetivos sociais.
João Alves anda magoado, ameaçando retirar a conta da Prefeitura ?  Então, porque não procurá-lo propondo-se uma boa parceria, como por exemplo,  o financiamento
 de um programa de  Hortas Comunitárias Urbanas. A Prefeitura entraria com o  terreno e a assistência técnica e social.  João Alves, goste-se  ou não dele como político,  é  uma usina de ideias,  e iria propor muitas parcerias ao BANESE.
 Por que o BANESE não vai ao semiárido lançar um programa de incentivo à pecuária leiteira, para a instalação de micro laticínios , a melhoria genética dos rebanhos.
Por que o BANESE não busca a Universidade, o SEBRAE e quem mais seja, para juntos articularem um projeto de aproveitamento   dos 5 grandes e até hoje  economicamente inúteis estuários sergipanos, visando a produção em cativeiro  de peixes, de ostras, e o que mais for possível, para funcionar através de cooperativas ou tocados por pequenos empresários?
Por que o BANESE não desenvolve um amplo programa de microcrédito, gerando oportunidades para quem quiser empreender, indo até os  aglomerados  humanos da periferia e mostrando como se poderá ter  trabalho e renda ?
Por que o BANESE não vai aos feirantes para lhes levar ideias de modernização e melhoria das suas atividades,  oferecendo-lhes  o microcrédito ?
Há dezenas, centenas de novas ideias que poderão ser postas em prática, bastando, para isso, que se descubra que é muito mais importante pensar do que  apenas  seguir a embolorada liturgia da rotina burocrática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário