sábado, 6 de julho de 2013

O PRESENTE QUE RÔMULO RECEBEU



O PRESENTE QUE RÔMULO RECEBEU
Estava Rômulo Rodrigues, paradigma de militante purificado pelo idealismo, em tempo de comemorar os seus 70 anos. Hesitou em fazer a festa  reunindo a família e os amigos. Isso porque, um amigo que ele tanto gostaria que estivesse presente, não poderia comparecer, e a alegria não seria a mesma com aquela ausência. Mas, pensou: ¨Afinal só se faz 70 anos uma vez, e em Caicó me ensinaram a fazer das lágrimas um sinal de esperança ¨.  Na quarta-feira,  dia do jogo Brasil e Uruguay, ele distribuía os últimos convites e estava com  pressa, queria assistir o jogo. Foi a Atalaia bater à porta da amiga Tanit Bezerra, mais amiga ainda por ter sido amiga do seu filho Rafael, que se foi muito cedo. Tanit veio recebê-lo ao pé do elevador, e aí  soou o telefone. Rômulo atendeu, o número era de São Paulo, e logo reconheceu a voz. Era de Marcelo Déda, que pedia desculpas por não vir abraçá-lo em Aracaju, para  juntos festejarem a vida. Déda falou por mais de vinte minutos, relembrou episódios vividos quando ele era quase menino e Rômulo já bem maduro, falou de vida, do futuro de Sergipe, falou de esperanças. Rômulo ouviu. Despediram-se. Tanit,  junto, acompanhava muda. Romulo voltou-se para ela e disse: ¨Recebi agora o grande presente pelos meus 70  anos.¨

Nenhum comentário:

Postar um comentário