AS RUAS ACELERANDO
MUDANÇAS
Imaginava-se , isso
quase ontem, que a juventude brasileira somente se movimentava com
disposição e gosto, para ir às baladas. Hoje, fica bem claro que os
jovens também fazem outras coisas com muita disposição, além de ir às baladas.
As ruas cheias estão comprovando. Da apatia e da indiferença, saíram os
jovens para uma militância ativa que já provocou uma reviravolta política cujo
desdobramento é imprevisível. Os poderes da República tomaram o energizanteque
as ruas lhes empurraram goela abaixo, e o efeito imediato têm sido
surpreendentes decisões. O que jazia esquecido no fundo das gavetas, foi rapidamente
espanado, retiraram a poeira, em alguns casos, até o mofo resultante do longo
esquecimento. E eis, repentinamente, entrando na pauta projetos e processos. O
Supremo Tribunal Federal mandou prender o deputado federal Natan Donatan.
Ele já está separado do mundo pelas grades de uma cela simples na Policia
Federal. Na Câmara já tramita o processo de cassação do mandato. Tambéma cura
–gay, excrescência de outro deputado, o Feliciano, figura de proa
no PSC, aqui liderado pelo senador Amorim, deverá ser rapidamente
retirado de pauta, uma atitude que restabelece o bom senso do qual se
afastou a Comissão dos Direitos Humanos tão deploravelmente constituída. E há
coisas bem mais importantes ainda, entrando em regime de urgência. Reuniu-se a
presidente Dilma com seus ministros, governadores e prefeitos, e há
uma expectativa de ações em sintonia com os sentimentos quem afloram nas ruas.
Cairam os preços das passagens quando finalmente o povo fez chegar aos ouvidos
das autoridades a gritada advertência: ¨ Se foram retirados impostos pelo
governo federal, era imprescindível que houvesse a redução nas tarifas.¨
Coisa elementar, questão simples de aritmética, mas, que passava
despercebida. Agora, o foco das atenções volta-se para a realização de um plebiscito,
onde o povo dirá quais as medidas que quer ver aprovadas para que se faça a
sempre emperrada reforma política. Sem esse tipo de reforma que elimine tantos
vícios embutidos no processo político, desde as eleições atéos hábitos
arraigados a uma prática em desacordo com a cidadania, sem esse tipo de
reforma, repetimos, a voz das ruas resultará esquecida e inócua. Isso fará
explodirem crises sucessivas.
Os governos também começam a
compreender que priorizar ações para os setores que mais afetam a vida do povo
é essencial, e que terão de obedecer a uma agenda previamente estabelecia,
de acordo com as disponibilidades financeiras, se possível,
alimentadas com recursos provenientes de cortes de despesas onde for
racionalmente viável. Resumindo:Tudo se deverá fazer para que a engrenagem do
serviço público funcione com eficiência.
Para que tudo isso
acontecesse, foi preciso o grito do povo ocupando as ruas.
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