QUE VENHAM OS MÉDICOS
ESTRANGEIROS
Há uma compreensível reação entre
os médicos brasileiros contra a ideia de importar profissionais que aqui
queiram trabalhar. Num mercado que lhes é favorável os médicos, e os estudantes
que estão a concluir o curso, não
desejarão ter uma possível concorrência que lhes reduziria a possibilidade de
empregos e os bons salários. Chega-se a dizer que de nada adiantará trazer
médicos de fora se aqui faltam, nos
hospitais e postos de saúde, até a gaze e o esparadrapo. A afirmação não é
descabida. Mas, neste país imenso que
adotou, faz alguns anos, o SUS, o
sistema que universalizou o atendimento médico-hospitalar, quase 200 milhões de
habitantes necessitam de pelo menos mais cem mil médicos, para que o
atendimento possa melhorar. Os que se formam no Brasil, dificilmente aceitam ir
para Tabatinga, no Amazonas, ou Santana do São Francisco, em Sergipe, apesar
dos salários compensadores que são oferecidos. Mas o Rio, Brasília e São Paulo
têm uma proporção de médico por habitantes semelhante às da Suécia ou Israel,
as melhores do mundo, ou de Cuba, que, nesse aspecto, iguala-se ao
primeiro mundo. Há médicos de sobra em
Cuba. Sem emprego, no emperrado sistema que se intitula socialista, eles são
encontrados exercendo outras atividades para as quais não necessitariam da
rigorosa especialização que ainda garantem as escolas de medicina cubanas.
Estão todos sonhando em deixar Cuba, onde as oportunidades inexistem. Milhares
foram para a Venezuela, levados por Hugo Chavez, e, dentro da balburdia econômica do país, o sistema de saúde pública melhorou.
Na Europa em crise há médicos
sobrando, e dificilmente se encontraria
entre eles algum tão incompetente quanto esses que saem das improvisadas
escolas de medicina que o Ministério da Educação ainda permite que funcionem no
Brasil. É preciso que venham os médicos
estrangeiros, e se exija deles uma prova
de que os seus diplomas de fato os qualificam.
Em Sergipe já estiveram médicos cubanos, foi em Lagarto, e até hoje a população lamenta porque
eles se viram obrigados a ir embora.
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