terça-feira, 4 de junho de 2013

QUE VENHAM OS MÉDICOS ESTRANGEIROS



QUE VENHAM OS MÉDICOS ESTRANGEIROS
Há uma compreensível reação entre os médicos brasileiros contra a ideia de importar profissionais que aqui queiram trabalhar. Num mercado que lhes é favorável os médicos, e os estudantes que estão a concluir o curso,  não desejarão ter uma possível concorrência que lhes reduziria a possibilidade de empregos e os bons salários. Chega-se a dizer que de nada adiantará trazer médicos de fora se aqui  faltam, nos hospitais e postos de saúde, até a gaze e o esparadrapo. A afirmação não é descabida. Mas,  neste país imenso que adotou, faz alguns anos,  o SUS, o sistema que universalizou o atendimento médico-hospitalar, quase 200 milhões de habitantes necessitam de pelo menos mais cem mil médicos, para que o atendimento possa melhorar. Os que se formam no Brasil, dificilmente aceitam ir para Tabatinga, no Amazonas, ou Santana do São Francisco, em Sergipe, apesar dos salários compensadores que são oferecidos. Mas o Rio, Brasília e São Paulo têm uma proporção de médico por habitantes semelhante às da Suécia ou Israel, as melhores do mundo, ou de Cuba, que, nesse aspecto, iguala-se ao primeiro  mundo. Há médicos de sobra em Cuba. Sem emprego, no emperrado sistema que se intitula socialista, eles são encontrados exercendo outras atividades para as quais não necessitariam da rigorosa especialização que ainda garantem as escolas de medicina cubanas. Estão todos sonhando em deixar Cuba, onde as oportunidades inexistem. Milhares foram para a Venezuela, levados por Hugo Chavez,  e, dentro da balburdia econômica do país,  o sistema de saúde pública melhorou.
Na Europa em crise há médicos sobrando, e  dificilmente se encontraria entre eles algum tão incompetente quanto esses que saem das improvisadas escolas de medicina que o Ministério da Educação ainda permite que funcionem no Brasil. É preciso que venham  os médicos estrangeiros, e  se exija deles uma prova de que os seus diplomas de fato os qualificam.  Em Sergipe já estiveram médicos cubanos, foi em Lagarto,   e até hoje a população lamenta porque eles  se viram obrigados a ir embora.

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