ENQUANTO ISSO, SE FAZ ECONOMIA
Enquanto uma confortável poltrona e todas as
espaçosas dependências do TC ficarem sem
inquilino vitalício, o estado vai
fazendo uma oportuna economia. A enorme
burocracia do Tribunal, sua pesada máquina de julgar contas, nem será
afetada com a ausência de um conselheiro.
Caso o país venha um dia a pensar em efetiva modernidade, terá de se
desacostumar dessas manias de
acrescentar burocracia e pompas a coisas que poderiam ser feitas com
simplicidade e eficiência, por técnicos
capacitados, livres de ingerências
politicas na escolha , e que nem precisariam ostentar o título sonoro
de conselheiro. O vício do carro preto, dos amplos salões, dos sofás
macios, dos salamaleques imprescindíveis por onde transitam autoridades, terá
de ser superado com o passar do tempo, e com o acoplamento da noção de cidadania que ainda falta ao nosso
povo. Para que isso se concretize no
futuro, uma palavra se torna essencial: simplicidade. Simplicidade, que se faz, no caso, sinônimo de economia,
eficiência, responsabilidade, compromisso.
Quando exerceu o cargo de
deputado federal, o empresário Augusto
Franco Neto apresentou uma proposta para a extinção dos tribunais de contas, colocando-se no lugar
deles, órgãos enxutos e ocupados exclusivamente por servidores efetivos. O
deputado federal Mendonça Prado, agora apresenta uma outra proposta bem parecida, mas, com
reduzidas possibilidades de ser bem sucedida.
Boa parte dos políticos sonha, um dia, em sair precocemente das disputas eleitorais,
antecipadamente aposentando-se, mas, no
exercício de uma bem remunerada
sinecura, de preferencia, num Tribunal de Contas.
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