segunda-feira, 25 de março de 2013

O SEXAGENÁRIO VOADOR



O SEXAGENÁRIO VOADOR
Marcos Aragão começou a saltar de paraquedas quando tinha 17 anos, e precisou de autorização paterna para iniciar-se no esporte que, no começo da década dos 70 nem existia em Sergipe.  e  sua prática era pouco difundida no país. Em João Pessoa,  todavia,  funcionava um clube de salto livre que era o único do nordeste. O Aeroclube de Aracaju entrou em contato com os paraquedistas paraibanos e conseguiu que Aragão e um outro jovem que também queria saltar, Bira, para lá viajassem e fizessem o curso. Voltaram os dois com o curso concluído,  e o Aeroculube convidou  os saltadores paraibanos para virem fazer uma demonstração em Aracaju. Durante o show aéreo houve alguns incidentes,  e uma jovem loira paraquedista errou o alvo,  e enfiou-se pelo telhado de uma casa. Aragão, começando o curso de Educação Física e administrando uma academia de fisioculturismo, esqueceu-se por algum tempo do paraquedismo,  e a ele só retornou  depois de alguns anos. Hoje, aos 60 anos,  contabiliza quase  1 500 saltos, o que está bem longe de um recorde, mas é uma cifra expressiva.
Ao tornar-se sexagenário,  resolveu tentar bater um recorde. Organizou uma equipe, convidou para vir acompanhar de perto a tentativa o homem pássaro,   Sabiá, recordista de desafios radicais,  com m ais de 10 mil saltos, normais, e também anormais.
 Das 5.30 da manhã, ás 15, 30  contando com uma eficiente equipe de terra e  tendo como lançador o comandante Léo, saltou sem parar , repetidamente, 60 vezes.  É o recorde nordestino. Depois da façanha,  no hangar do Aeroclube , apagando as velinhas de um bolo azul,   imitando uma pílula de Viagra, Aragão ouviu de um amigo que desdenhava do seu feito:  ¨Recorde espantoso  seria um sexagenário, mesmo com a azulzinha,   fazer sexo 6 vezes,  em um só dia¨.

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