sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

OS DOIS IRMÃOS



OS  DOIS IRMÃOS

Saíram de Simão Dias dois irmãos. Tinham idades assemelhadas, o berço comum onde começaram a ouvir a repetida e responsável cantilena  dos pais : ¨Quem não nasceu rico só vence pelo conhecimento.  Não há outro caminho a não ser o da escola.¨

 Saindo de Simão Dias com destino ao alargamento das mentes em Aracaju, os irmãos já tinham frequentado  na sua terra, a escola possível, e lido os livros que encontraram. A família tinha intelectuais de nomeada, e a  faina livresca,  a curiosidade pelo saber, eram, de certa forma, uma herança valiosa.

Marcelo Déda tornou-se governador, pela segunda vez preside o Executivo. Desde a última semana as responsabilidades institucionais são partilhadas com o outro irmão, o desembargador Claudio Dinart Déda Chagas, presidindo o Poder Judiciário.

 Fato único,  talvez inédito no Brasil, dois irmãos exercendo ao mesmo tempo os poderes  Executivo e o Judiciário. E fato único ainda mais valorizado, porque isento dos vícios das oligarquias. Os dois, separadamente, construíram seus caminhos. Os dois partilhando da mesma convicção a respeito da dignidade da vida pública,  vencendo ainda as mesmas canseiras, os mesmos sacrifícios, na busca do conhecimento, que ,    para um,  possibilitou a confiança do voto popular, e do desempenho nos mandatos,  para o outro, a capacidade de enfrentar a difícil aprovação em concurso público, e  assegurar a ascensão na carreira.

Os dois, cobertos pelo manto equalizador da democracia, pela qual também lutaram, e ajudaram ,  cada um no seu canto, a consolidar.

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