O TURISMO E OS NOSSOS CUSTOS
Viajar a Punta Del Este, no Uruguay , cada dia mais atraente se
torna agora bem mais em conta do que
chegar até ali perto, em Fortaleza, ou mesmo, bem mais perto aqui bem
junto, em Salvador. O cálculo das
passagens aéreas nacionais deve ser feito por alguém que sofra de uma pesada
síndrome de bipolaridade. Um dia está de uma forma, no outro, completamente
diferente. Há uma espécie de montanha russa de preços. Agora, por exemplo, as
tarifas disparam, como sempre acontece
em altas estações. Os hotéis não têm procedimento diferente, e, de resto, todos
os negócios que fazem parte do suporte turístico agem da mesma maneira. Há um
exagero descomunal que assusta os turistas. Há ainda o diferencial, onde, por aqui, saímos
perdendo de goleada. Começando pelo sempre incivilizado descuido em relação á
higiene, que parece ser hábito generalizado pelo nordeste, acomodado a conviver com moscas, banheiros imundos. Quem
chega a Punta del Este, gastando metade
do que dispenderia para ir a Fortaleza, não tem moscas voejando sobre seus
pratos, recebe atendimento exemplar, e
usa banheiros rigorosamente higienizados. Citamos Punta, apenas como um exemplo,
e por ser um destino que entra na moda, mas aí poderiam entrar Miami, Nova
Iorque, ou mesmo Buenos Aires, com o agravante de que por aqui a violência é
bem maior, a miséria, apesar de tudo o
que agora sucede na Argentina, se mostra bem mais perto.
Enquanto essa realidade não mudar , o Brasil,
mais especificamente o nordeste, nunca se tornarão destinos turísticos de
primeira linha. Não adianta empresários hoteleiros reclamarem de uma ocupação
bem menor do que os inalcançáveis cem por cento, sempre esperados. Em primeiro
lugar é indispensável uma conscientização, que deve ser coletiva, que se
construa com a participação de todos.
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