sábado, 5 de janeiro de 2013

O TURISMO E OS NOSSOS CUSTOS



O TURISMO E OS NOSSOS CUSTOS
 Viajar a Punta Del  Este, no Uruguay , cada dia mais atraente se torna agora bem mais em conta do que  chegar até ali perto, em Fortaleza, ou mesmo, bem mais perto aqui bem junto, em Salvador.  O cálculo das passagens aéreas nacionais deve ser feito por alguém que sofra de uma pesada síndrome de bipolaridade. Um dia está de uma forma, no outro, completamente diferente. Há uma espécie de montanha russa de preços. Agora, por exemplo, as tarifas disparam,  como sempre acontece em altas estações. Os hotéis não têm procedimento diferente, e, de resto, todos os negócios que fazem parte do suporte turístico agem da mesma maneira. Há um exagero descomunal que assusta os turistas. Há ainda  o diferencial, onde, por aqui, saímos perdendo de goleada. Começando pelo sempre incivilizado descuido em relação á higiene, que parece ser hábito generalizado pelo nordeste,   acomodado  a conviver com moscas, banheiros imundos. Quem chega a Punta del Este,  gastando metade do que dispenderia para ir a Fortaleza, não tem moscas voejando sobre seus pratos, recebe atendimento exemplar,  e usa banheiros rigorosamente higienizados. Citamos Punta, apenas como um exemplo, e por ser um destino que entra na moda, mas aí poderiam entrar Miami, Nova Iorque, ou mesmo Buenos Aires, com o agravante de que por aqui a violência é bem maior,  a miséria, apesar de tudo o que agora sucede na Argentina, se mostra bem mais perto.
 Enquanto essa realidade não mudar , o Brasil, mais especificamente o nordeste, nunca se tornarão destinos turísticos de primeira linha. Não adianta empresários hoteleiros reclamarem de uma ocupação bem menor do que os inalcançáveis cem por cento, sempre esperados. Em primeiro lugar é indispensável uma conscientização, que deve ser coletiva, que se construa com a participação de todos.

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