segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

AS CARTAS DO BARÃO



- AS CARTAS DO BARÃO
Relendo um livro onde estão contidas cartas do barão de Jeremoabo dirigidas às autoridades da Bahia, o professor Chico Dantas, em férias depois de deixar a Secretaria de Governo, encontra semelhanças de procedimento entre o comportamento do aristocrático representante das elites rurais baianas, com aquele mais de um século depois revelado também por setores do empresariado rural. O Barão de Jeremoabo, na época senhor de terras com extensão quase igual ao estado de Sergipe, que se estendiam do Raso da Catarina ao recôncavo baiano, pedia, insistentemente, providencias contra um certo Antônio Conselheiro, que estava esvaziando de braços aptos ao eito da enxada o interior baiano, com o êxodo em direção ao arraial que ele criara às margens do Vasa Barris, Canudos, onde a terra era repartida, e todos tinham trabalho e pão. Hoje, dizem fazendeiros que não há mais quem queira trabalhar, porque o MST ganha terras, e o ¨parasitismo¨ é incentivado com a bolsa família do governo.
Passam os séculos, resistem os preconceitos.

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