A
¨AJUDA DESPICIENDA SEM IDIOSSINCRASIAS
¨
OU OS VOTOS DO PT QUE JOÃO REJEITOU
Estava quase decidida a eleição
na Câmara. O vereador Joni Marcos conseguiu somar o apoio do PMDB, do PSB, partidos que integram a base
do governo estadual. Obteve também
apoios vindos de outros partidos, e tentou várias vezes convencer ao prefeito
eleito que,
presidindo a Câmara, não haveria atritos com o
executivo municipal. As conversas foram longas com o
interlocutor, o vice prefeito Jose
Carlos Machado. João Alves, enquanto isso, ganhava tempo, esperava um
desdobramento da situação onde o jovem vereador do PRB aparecia com nítida
vantagem, isso, porque não se imaginaria
que a bancada petista deixasse de somar
os seus votos aqueles do mesmo grupo, e que lhe davam
sólidas perspectivas de vitória. Mas aí surgiu o episódio que João, com sensibilidade aguçada, já pressentia. Os três vereadores do PT,
alegando como justificativa que Joni Marcos era candidato de Edivan Amorim,
decidiram anunciar uma nova chapa. Se imaginaram, por algum momento, que
criariam um fato político capaz de produzir alteração substancial, havendo até a chance de
algum deles se tornar presidente, laboraram em
retumbante equivoco. Fragilizada
a candidatura de Joni, João Alves logo entendeu
que a nuvem da política, aquela, que
segundo Magalhães Pinto percorre aleatoriamente os céus, havia chegado exatamente ao ponto que ele
desejava. Dai, para descolar vereadores do compromisso inicial com Joni, foi
tarefa fácil. Restará agora aos três
vereadores do PT declararem apoio ao candidato de João, que é também o
candidato de Edivan Amorim, e assim , se desfaz o argumento que antes
utilizaram.
Da mesma forma como não deu espaço para Edivan Amorim no seu
secretariado, João já teria, em tom acadêmico e ainda muito mais irônico, dito a um amigo: ¨Agora,
quando já temos uma maioria consolidada, os três votos do PT me parecem despiciendos. Vamos apenas , gentilmente
recusá-los ¨.
Relembrado palavra um tanto estranha, mas tão frequente no vocabulário do
ex-vice governador Jose Carlos Teixeira, João Alves teria
acrescentado: ¨E espero que nessa recusa não enxerguem nenhum vestígio de
idiossincrasia ¨.
No popular : O voto do PT para
João não tem mais nenhuma importância, e
ele espera que nisso não vejam, da parte dele, nenhum preconceito, repulsa, ou ojeriza.
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