UM PACTO PARA REDUZIR
OS ACIDENTES NO TRANSITO
Sexta-feira última, dia 21, a presidente Dilma
Roussef lançava em Brasília uma campanha para a redução dos acidentes de
transito, e criou um Conselhocom a atribuição de desenvolver políticas públicas
capazes de retirar o Brasil no menor
tempo possível, da sinistra posição de
liderança no número de mortes causadas pelo trânsito. Não há hojeuma só família
brasileira que não tenha sido enlutada pela morte no trânsito de um parente ou amigo. O numero de mortes não é
apenas assustador, é uma calamidade,idêntica ou pior em números absolutos de
vítimas à mortandade causada na Síria pela guerra civil. Mas no caso brasileiro há um fator
agravante, aqui, o morticínio não ocorreapenas como uma eventualidade
temporária, como costumam ser todos os
sangrentos conflitos humanos. No Brasil,
o morticínio nas ruas e estradasse transformou numa catástrofe permanente, com
a qual temos convivido de forma complacente ou omissa. Essa complacência e
omissão começam pela brandura das penas que sofrem os motoristasirresponsáveis,
bêbados, que ferem e matam, raramente indo parar na cadeia. Quem mata ao
volantetransgredindo regras, ainda não é identificado como um notório criminoso.
Mas há outros criminosos que também
poderão ser claramente identificados nesse cenário de condescendências eirresponsabilidades.
O caso do político que se intromete
no sistema de habilitaçãopara transformar
uma carteira de motorista em objeto de compra de votos, é talvez, o
episódio mais emblemático a comprovar a nossa atitude de indiferença diante das vidas que são
diariamente perdidas.
A mentalidade nova que a presidente
Dilma quer versurgir no país a respeito da tragédia no transito,deverá começar
pela modernização de um sistema onde o interesse eleitoreiro tanto se intromete,
e tanto contribui para aumentar a calamidade. Olíder político que vai numa
delegacia interferir para que seja liberado um bêbado que causou um acidente, um outro líder político que se intromete para que uma
carteira de habilitação seja irregularmente emitida, e a utiliza para comprar
votos, são igualmente criminosos, que estão na origem da catástrofe nacional
que a presidenta Dilma agora tenta combater apelando para a participação
solidária de toda a sociedade, e até sugerindo para a campanha nacional um
slogan: ¨A sua dor é a nossa dor ¨.
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