A DIVISÃO DE ARACAJU
E O VICE MACHADO
No seu túmulo , ossuário inerte, ou nos páramos do além onde
viveriam as almas, João Bebe Agua deve
estar acompanhando a polemica sobre a divisão de Aracaju, e até comemorando a
vitória possível pelo retorno a São Cristovão
de uma parte da capital naquele local maldito e doentio, onde, segundo
ele, a sede da Província jamais poderia ter sido transferida. João Alves,
vencendo a eleição e já em 14 disputando o governo e o vice Jose Carlos
Machado se tornando prefeito, João Bebe Água teria razões de sobra para começar
a soltar os seus foguetes, guardados por
ele para festejar, um dia , o sonhado retorno da capital para a antiga e
desprezada São Cristovão. Claro, Machado
se irrita quando alguém toca nesse assunto para ele certamente sensível,
delicado. Todavia, como político
civilizado e cidadão que sempre comportou-se democraticamente, ele, friamente
analisando a situação que involuntariamente criou, não podera deixar de
reconhecer que Bebe Agua teria motivos diante dos episódios ainda não
totalmente esclarecidos, para retirar da gaveta do tempo os seus foguetes
comemorativos.
Machado entrou com uma ação na
qual pedia à Justiça que os seus impostos devidos à Prefeitura de Aracaju,
fossem transferidos para o município de São Cristovão, com isso, ele explicitamente reconhecia a
soberania cristovense sobre uma área de Aracaju onde se localizam os seus
terrenos. Isso é inquestionável. A favor de Machado, diga-se, que ao mover a ação ele defendia seus
interesses privados, e não estava
investido em nenhum cargo público, nem imaginaria transformar-se em candidato a
vice – prefeito de Aracaju, tendo condições reais de vir a tornar-se
prefeito, ao mesmo tempo, acionando o
município pelo qual se tornou
responsável. Assim, comprometendo os cofres municipais, por ele,
em última análise geridos, até poderia ser processado por crime de prevaricação.
É sem duvidas uma situação
delicada que cabe ser esclarecida e resolvida. A Machado de nada adianta indignar-se e dizer
que nunca pediu a divisão de Aracaju. Ele evidentemente não a pediu, mas,
tacitamente a reconheceu, quando invocou o direito de paga os impostos no
município de São Cristóvão. Satisfaria
assim seus interesses na época legítimos
de empresário, tentando defender o
próprio bolso, mas hoje , como candidato, deixa de atender ao requisito mínimo
para tornar-se Prefeito de um município
do qual ele tenta fugir como
contribuinte. Essa a questão. E nada mais.
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