UMA ÁREA PÚBLICA ACINTOSAMENTE
INVADIDA
Por lá ninguém passa mais.
Depois que o mar levou tudo, para ser depois contido com a construção de um
longo enrocamento protetor, voltou a surgir a privilegiada área, que na Coroa
do Meio margeia o estuário do rio Sergipe. Foram salvas as edificações, casas
de alto luxo inclusive, voltadas para a portentosa vista do rio e do mar. Mas,
à frente de todas ficou um espaço onde cresce o mato e o paredão de pedra que
evita o avanço das águas .A estrada está quase intransitável, e há a evidencia
de um abandono que desafia os anos. Aquele espaço público, junto com a caótica
área da Orlinha, são, sem duvidas, locais onde poderão ser implantados projetos
de urbanização, levando-se em conta a vista ampla para o encontro agitado do
rio com o mar, aquela constante efervescência de grandes ondas e muita espuma.
O espetáculo é bonito, mas
poucos aracajuanos podem desfrutá-lo, até mesmo porque quase ninguém sabe que
existe aquela área por trás da longa avenida Delmiro Gouveia ,que vai da ponte
sobre o Poxim, passando em frente ao Shopping Beira Mar e chega à Atalaia , já
com o nome de Luiz Gonzaga, para transformar-se, na sequencia, em Avenida Mário
Jorge.
A promessa de paisagem a ser
desfrutada pelos aracajuanos agora está perigosamente ameaçada. O que seria uma
larga avenida oceânica, tem trechos inteiros interrompidos pela invasão. Há um
prédio que avançou, cruzou a precária estrada, chegou quase a juntar-se com a
muralha de pedras do outro lado, junto ao mar. Tiveram até o cuidado, ou a
ousadia impune, de, bem antes, interromper o tráfego dos raríssimos veículos,
colocando grandes pedras sobre o barro do que restou da estrada. No prédio
particular que agora ocupa um espaço público, está escrito em letras bem
grandes: ARENA FUTEBOL SOCIETY. Há diversos outros casos de invasão, todavia
menos ostensivos.
Talvez tenha chegado o momento
de se por um fim ao abuso, para, em seguida, providenciar-se o asfaltamento
daquele trecho próximo ao rio e ao mar.
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