sábado, 2 de junho de 2012

A POLÍTICA EM CANINDÉ E A SOMBRA DE GALINDO


 A POLÍTICA EM CANINDÉ
 E A SOMBRA DE GALINDO
Em Canindé, município chave no quadro da política sertaneja, o prefeito Orlandinho Andrade embora surfando numa aceitação popular que ronda os oitenta por cento, vem encontrando séria dificuldades para definir o nome do  candidato à sua sucessão. Houve, inicialmente, uma tentativa para que se somassem o deputado Heleno Silva e o grupo do prefeito. A tentativa frustrou-se. Heleno, desenvolvendo pela  Xingó-FM uma inteligente comunicação ao lado de um bom marketing político há doze anos, cresceu, e com seu carisma pessoal e competência política,  obteve  quatro mil votos para deputado federal sem apoio de chefes políticos e sem gastar dinheiro, o que aliás ele não tem. Consolidou a candidatura a prefeito quando recebeu o apoio de Rosa Maria Feitosa e de vários outros setores que se somaram. Orlandinho lançou inicialmente o respeitado comerciante Ednaldo da Farmácia, mas a pré-candidatura foi depois retirada com a concordância do próprio Ednaldo. Surgiu o nome de um vereador conhecido como Panque ou Punk, que teria o nome anunciado neste domingo por Orlandinho. O anuncio foi adiado, e  se fala na possibilidade de o engenheiro e pecuarista Paulo de Deus  vir a ser o candidato do grupo dos Andrade. Paulo de Deus já foi anteriormente candidato sem sucesso à Prefeitura de Canindé, mas é um experimentado gestor, com duas passagens positivas pela prefeitura de Paulo Afonso. As circunstancias começam a favorecer visivelmente a candidatura do deputado pastor Heleno. Mas ele precisará antes, desfazer a pesada suspeita de que o ex-prefeito Genivaldo Galindo que  agora está em liberdade condicional o apoiaria,  e assim  voltaria a ter alguma presença na futura administração, o que comprometeria qualquer projeto decente para o município, tendo em vista a responsabilidade direta de Galindo no clima de bandidagem e violência que marcou os seus    devastadores quatro anos de mandato. Nem é preciso lembrar que ele trouxe a Sergipe Floro Calheiros, que até foi  seu secretário de finanças, com ele, invadiu   junto a um  grupo armado o Forum de Canindé, de lá roubou as urnas para depois queimá-las. Ou seja,  Galindo estava por trás dos atos que  atingiram diretamente as instituições, e as desmoralizariam, se não houvesse a reação que eliminou o coito da criminalidade montado em Canindé pelo ex-prefeito. Como se sabe, Floro foi o responsável pelo atentado contra o desembargador Luiz Mendonça, cometido numa das áreas mais movimentadas de Aracaju.   A população de Canindé teme que a presença de Galindo volte a criar um clima de desmando e insegurança, e isso recai sobre a candidatura com todas as perspectivas de sucesso  do pastor Heleno. Ele sente os efeitos demolidores que poderá ter Galindo sobre a sua campanha, mas não teve, até agora, uma palavra decisiva, clara, definindo sua rejeição absoluta ao ex-prefeito. Há pessoas até de certa forma influentes em Canindé, que estão a esperar  essa palavra decisiva e definitiva de Heleno sobre o assunto, para que venham a apoiá-lo. Heleno é insuspeito, porque a partir de março de 2000, quando foi assassinado a mando de Galindo o radialista da Xingó-FM Zezinho Cazuza, integrou-se fortemente à luta para que se fizesse Justiça e  Galindo fosse afastado da Prefeitura, numa ação decisiva do Ministério Público e do Poder Judiciário, que teve as participações fortes do então Procurador Geral de Justiça Moacyr Motta, do procurador Jose Carlos Oliveira, do então promotor e hoje desembargador Luiz Mendonça, do Juiz Diógenes Barreto, do então Juiz Netônio Machado, hoje desembargador, entre tantos outros promotores, juízes, policiais, como o delegado Marcos Passos e o delegado federal Kércio  Pinto.
 Quando Galindo fugiu da polícia e renunciou,  assumiu a sua então nora, a vice Rosa Maria Feitosa, integrante de uma numerosa e respeitada família de Canindé, mas, em consequência dos atos anteriores foi afastada  quando houve a intervenção;    retornou após seis meses e começou a pacificar o município, numa tarefa difícil, que só  depois seria inteiramente completada  pelo  prefeito Orlandinho  Andrade.  Ele agora conclui seu segundo mandato com excelente aprovação da sociedade.
Onde Galindo estiver o acompanharão as sombras criminosas dos pistoleiros assalariados e covardes, como aquele estúpido e desumano  Zé de Adolfo, matador de tocaia, tão  traiçoeiro como os seus mandantes , que disparou a queima roupa uma escopeta calibre doze contra o indefeso, frágil e pacífico radialista Zezinho Cazuza.

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