LUIZ ANTONIO, O INTELECTUAL DO SEU TEMPO
Nenhum
outro intelectual sergipano deixou, no seu tempo, tantas marcas de uma
inteligência produtiva, inquieta, descortinadora. Luiz Antônio Barreto
não foi apenas um intelectual, foi antes de tudo um ativista da
cultura. Incansável, obstinado na busca das fontes históricas de
Sergipe, ele deu vida à obra que jazia um tanto esquecida do grande
Tobias Barreto. Escreveu muitos livros, deixou ensaios, e uma infinidade
de artigos publicados na imprensa sergipana. Fez teatro, jornalismo
intenso na mídia escrita, radiofônica, e televisiva. Liderou movimentos
culturais, dirigiu uma editora, estimulou jovens que se iniciavam no
terreno das letras, da pesquisa histórica, da sociologia, enfim, nos
diversos ramos do saber que ele dominava com mestria. Foi também
militante político , ativamente de esquerda durante a juventude,
depois, se fez líder do recém criado PPS; foi próximo conselheiro de
líderes políticos sergipanos, exerceu cargos importantes, Secretário de
Estado da Cultura, Secretário de Estado da Educação. Foi homem do saber,
foi homem de ação. Dessa forma, a perda de Luiz Antônio Barreto no
momento em que ele se revelava ainda mais produtivo, torna-se
irreparável. Luiz Antônio se fez insubstituível, pelo conhecimento que
acumulou, pelos projetos que desenvolveu, pela força como defendia suas
ideias, pela capacidade de dedicar-se ao objetivo único e obstinado da
sua vida: a conquista do conhecimento e a sua magnânima disseminação.
Torna-se insubstituível, também, pela forma como soube construir
afetos, criar um círculo de amigos, de intelectuais, que tinham a
felicidade de com ele partilhar sonhos e realizações.
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