Alexis Charles- Henri- Maurice Clérel de Tocquevile, aristocrata francês, servidor destacado do Velho Regime, foi um escritor e pensador com olhos voltados para o futuro, e conseguiu ir além do seu tempo. Hoje, ele seria considerado um cientista político. Esteve na América e impressionado com o sistema de governo do novo país, os Estados Unidos, escreveu Da Democracia na América, livro que, mais de 200 anos depois é considerado uma referencia para quem quiser compreender o modelo de vida americano. Tocqueville previu os problemas que surgiriam com a escravidão, e a miséria do racismo. Viu como positiva a moral religiosa juntando-se à ética política, e sem considerar a democracia americana como produto de exportação, nela, contudo, identificou inúmeras virtudes. Hoje, Tocqueville estaria profundamente arrependido. A democracia americana é uma contrafação do que ele imaginara. A atual campanha, depois da degenerescência do período marcado pelo gangsterismo da quadrilha petroleira de George Bush, sinaliza para a completa decadência da democracia americana. Afrouxaram-se os mecanismos de controle ao poder econômico, desencadeou-se, com o Tea Party, a visão obscurantista de grupos ultraconservadores religiosos . O sempre atento procurador aposentado, intelectual e melômano Darcilo de Melo Costa chama a atenção para uma matéria publicada na Carta Capital de 8 de fevereiro sobre a campanha politica nos Estados Unidos. Há pérolas de estupidez, como a constatação de que o fascistoide Mitt Romeney é, para grupos bem mais à direita do que ele, um americano duvidoso, isso porque viveu algum tempo na França, e até fala francês.....
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